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Política

- Publicada em 20 de Janeiro de 2020 às 10:20

Bolsonaro ironiza levantamento sobre ataques contra jornalistas

Levantamento da Fenaj mostrou que o presidente foi autor de 58% dos ataques contra veículos

Levantamento da Fenaj mostrou que o presidente foi autor de 58% dos ataques contra veículos


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
O presidente Jair Bolsonaro fez publicações em suas redes sociais nesse domingo (19) ironizando o levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que mostrou que ele foi o autor de 58% dos ataques contra veículos de comunicação e jornalistas no Brasil em 2019.
O presidente Jair Bolsonaro fez publicações em suas redes sociais nesse domingo (19) ironizando o levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que mostrou que ele foi o autor de 58% dos ataques contra veículos de comunicação e jornalistas no Brasil em 2019.
"Pegaram o QI médio da galera da imprensa. Deu 58", escreveu ele para um apoiador que comentou em sua postagem. O presidente publicou uma imagem com o título da reportagem feita pelo UOL sobre o levantamento, acompanhada de risadas. 
"- KKKKKKKKKKKKKKK. - HAHAHAHAHAHAHA. - KKKKKKKKKKKKKKK.", escreveu Bolsonarono Facebook, mesma rede social em que respondeu diretamente ao seguidor.
Na pesquisa, divulgada na semana passada, a entidade contabilizou 208 ataques contra veículos de comunicação e jornalistasno ano passado. Destes, 121 foram praticados pelo presidente da República.
A maioria dos ataques de Bolsonaro ocorreu em divulgações oficiais da Presidência da República, de acordo com a federação. Os registros foram encontrados em discursos e entrevistas -transcritos no site do Palácio do Planalto- e no Twitter oficial do presidente.
O levantamento registrou que, no caso de Bolsonaro, "foram 114 ofensivas genéricas e generalizadas, além de sete casos de agressões diretas a jornalistas".
Na última semana, o presidente atacou dois repórteres da Folha de S.Paulo que o questionaram sobre reportagens publicadas pelo jornal a respeito do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten.
As notícias mostraram que o auxiliar do Planalto recebe, por meio da empresa da qual é sócio, dinheiro de agências e emissoras contratadas pelo governo federal.
Na manhã de quinta-feira (16), o presidente reagiu negativamente a uma pergunta sobre o tema."Fora, Folha de S.Paulo, você não tem moral para perguntar, não", afirmou, pedindo que outros repórteres fizessem perguntas. "Cala a boca", disse à reportagem.
No início da noite, Bolsonaro respondeu mais uma vez com agressividade. "Você está falando da tua mãe?", disse.
A reportagem havia perguntado: "O senhor sabia dos contratos do Fabio, presidente?".
"Está falando da tua mãe? Você está falando da tua mãe?", afirmou Bolsonaro. "Não, estou falando do secretário de Comunicação, do Fabio Wajngarten", respondeu a reportagem.
Dias antes, em 6 de janeiro, o presidente disse que os jornalistas brasileiros são uma "raça em extinção", falou que cada vez menos pessoas confiam na imprensa e que a leitura diária de jornais envenena e desinforma. Na ocasião, ele também acusou a Folha de S.Paulo de escrever mentiras.
Em outubro, Bolsonaro disse que o jornal desceu "às profundezas do esgoto" após publicação de reportagem sobre possível uso de caixa dois na campanha dele à Presidência. No mesmo mês, determinou o cancelamento de assinaturas da Folha de S. Paulo no governo.
Folhapress
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