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Política

- Publicada em 20 de Janeiro de 2020 às 03:00

Bolsonaro é atacado por oposição e aliados após sancionar fundo eleitoral

Sob ataques por ter sancionado um fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro chamou de "falsa direita" quem o critica pela iniciativa e disse neste sábado (18) que atrapalharia a democracia se vetasse a medida. Em evento de mobilização do Aliança pelo Brasil, partido que pretende viabilizar, ele afirmou que é escravo da legislação.
Sob ataques por ter sancionado um fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro chamou de "falsa direita" quem o critica pela iniciativa e disse neste sábado (18) que atrapalharia a democracia se vetasse a medida. Em evento de mobilização do Aliança pelo Brasil, partido que pretende viabilizar, ele afirmou que é escravo da legislação.
"A esquerda bater tudo bem. A falsa direita e os isentões já caem de pau. 'Ele deveria vetar esse fundão'. Eu tenho de cumprir a lei", disse. "Nós somos escravos da lei. Eu estaria atrapalhando a democracia e o cumprimento da lei eleitoral com o veto", acrescentou.
Em discurso a entusiastas da nova sigla, o presidente disse que teria argumentos para vetar um fundo eleitoral de R$ 3,8 bilhões, mas que o valor de R$ 2 bilhões é uma proposta da Justiça Eleitoral e que ele poderia correr o risco de ser condenado por crime de responsabilidade caso não sancionasse.
"Se fosse R$ 3,8 bilhões, eu ia vetar. Interesse público e tinha argumento para isso. Mas aprovou R$ 2 bilhões. A proposta veio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não foi minha. Aí vem alguns coleguinhas eleitos do PSL falar abobrinha", afirmou.
Ele disse ainda que o Brasil não se resume a ele e que é necessário respeitar o Legislativo e o Judiciário. O presidente reclamou ainda que tem sofrido muitas críticas nas redes sociais e disse que não pode fazer nada caso alguns eleitores bolsonaristas deixem de votar nele por causa da sanção do montante.
Na noite de sexta-feira (17) o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, informou que foi sancionada integralmente a Lei Orçamentária Anual, incluindo os recursos para o fundão eleitoral.
"Quem perde são os 100 milhões de brasileiros sem esgoto e crianças sem acesso a educação. Votei nele no segundo turno esperando algo diferente. Não votei nele pra aprovar esse absurdo", disse o deputado Vinicius Poit (Novo-SP).
Para o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), ex-aliado e atual desafeto do presidente, Bolsonaro teria se aproveitado do intenso noticiário sobre o governo para autorizar o fundão. A informação da sanção foi divulgada na sexta-feira (17) por volta das 23h. "Ele aproveitou a confusão da Secom que é verdade, aproveitou a confusão do (Roberto) Alvim (demitido da Cultura após vídeo com referências nazistas) e sancionou o fundão eleitoral. Não tem coragem para agir no cara a cara faz na calada da noite", disse.
Na manhã de sábado (18), o tema "Bolsonaro traidor" estava entre os mais comentados no Twitter no Brasil. As críticas também partiram de opositores. "Mamata acima de tudo! Bolsonaro sancionou o indecente fundão que custará R$ 2 bilhões ao povo! O mesmo povo que, graças ao governo, está pagando mais caro na cesta básica com um salário mínimo abaixo da inflação", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
 
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