A Defensoria Pública do Rio de Janeiro protocolou nesta segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), petição com a manifestação da família de Marielle Franco e Anderson Gomes, em que é requerida a manutenção das investigações com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ).
O documento é uma resposta ao pedido de federalização feito pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge no fim de seu mandato, em setembro de 2019. A Defensoria afirma, por meio de nota, que sustentou "a permanência das investigações na esfera estadual em razão da participação da família e do controle externo da apuração do caso já realizado pelo MPRJ". Segundo o órgão, "nenhuma esfera está totalmente isenta a interferências".
A ex-procuradora-geral da República alegou, ao anunciar o pedido de federalização, que há "ineficiência" na apuração pela esfera estadual. Além disso, também anunciou que solicitou a investigação do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Domingos Brazão como suspeito de ser mandante e o denunciou à Justiça por obstrução.
Marielle foi executada em março de 2018. Se aceito o pedido, será aberto um novo inquérito sobre Brazão. Caberá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir se o caso será deslocado.