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Política

- Publicada em 30 de Dezembro de 2019 às 03:00

Morre Nilcea Freire, ex-ministra do governo Lula e líder feminista

Nilcea Freire implementou a 
Lei Maria da Penha, em 2006

Nilcea Freire implementou a Lei Maria da Penha, em 2006


/EDUARDO SEIDL/ARQUIVO/JC
A ex-ministra Nilcea Freire, de Políticas para as Mulheres, morreu neste sábado (28), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Médica, professora, pesquisadora e ex-reitora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ela tinha câncer e recebia assistência médica em casa. A morte foi confirmada pelo PT do Rio de Janeiro, que lamentou, em nota, a perda da militante feminista. Nilcea foi ministra durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2004-2011, PT) e tornou-se uma liderança na área de políticas públicas para mulheres. Em 2006, implementou a Lei Maria da Penha.
A ex-ministra Nilcea Freire, de Políticas para as Mulheres, morreu neste sábado (28), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Médica, professora, pesquisadora e ex-reitora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ela tinha câncer e recebia assistência médica em casa. A morte foi confirmada pelo PT do Rio de Janeiro, que lamentou, em nota, a perda da militante feminista. Nilcea foi ministra durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2004-2011, PT) e tornou-se uma liderança na área de políticas públicas para mulheres. Em 2006, implementou a Lei Maria da Penha.
Foi responsável pela realização da I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que teve como um dos resultados o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. "Deixa uma lacuna na militância feminista brasileira", diz a nota divulgada pelo PT do Rio.
Nilcea teve uma longa trajetória de ativismo social e feminismo. Ela foi, por exemplo, a primeira mulher reitora de uma universidade pública no estado do Rio de Janeiro. Ex-militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi ameaçada por órgãos de repressão durante a ditadura militar brasileira e viveu exilada no México entre 1975 e 1977.
Ao voltar ao Brasil, participou de movimentos pela redemocratização e começou a atuar como professora do Departamento de Patologia e Laboratório da Uerj e, em paralelo à carreira acadêmica, representava os professores em diversos conselhos. Durante sua gestão na reitoria (2000-2004), foi votado e implantado na Uerj, de forma pioneira, o sistema de cotas para estudantes egressos de escolas públicas e negros. O projeto foi intensamente debatido nos anos seguintes e acabou adotado em outras dezenas de universidades públicas.
Também médica, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) lamentou a morte de Nilcea. "Sem palavras para a notícia da morte da querida Nilcea Freire. Triste demais saber que partiu tão cedo. Sempre fez parte das fileiras daqueles que não se acomodam com as injustiças do mundo. Foi ministra das Mulheres, ativista, sempre atuante na causa feminista. Muita falta!", escreveu. A deputada federal Benedita da Silva (PT) também lamentou a morte da ex-ministra, a quem chamou de "grande guerreira".
Em uma longa postagem nas redes sociais, a ativista feminista Manoela Miklos descreveu Nilcea como "uma mulher sem igual". As duas conviveram quando Nilcea representava a Fundação Ford no Brasil e Manoela implantava a Open Society Foundations no Rio.
"Ela era essa mulher genial, feminista, com uma longa história de lutas e conquistas, ministra que fez a agenda dos direitos das mulheres avançar um infinito", recorda a ativista. Nilcea deixa dois filhos e três netas.
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