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Política

- Publicada em 29 de Novembro de 2019 às 17:52

Helena Severo põe cargo de presidente da Biblioteca Nacional à disposição

biblioteca nacional

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BIBLIOTECA NACIONAL/DIVULGAÇÃO/JC
A presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, colocou nesta sexta-feira (29) o seu cargo à disposição. Ela comunicou o secretário da Cultura, Roberto Alvim, por uma carta. A decisão ocorre após uma série de mudanças na Secretaria Especial de Cultura nas últimas semanas. Há a expectativa em Brasília de que ela seja substituída por Rafael Nogueira na presidência da instituição.
A presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, colocou nesta sexta-feira (29) o seu cargo à disposição. Ela comunicou o secretário da Cultura, Roberto Alvim, por uma carta. A decisão ocorre após uma série de mudanças na Secretaria Especial de Cultura nas últimas semanas. Há a expectativa em Brasília de que ela seja substituída por Rafael Nogueira na presidência da instituição.
"Foi para mim motivo de perplexidade ter tomado conhecimento de minha substituição através da imprensa, sem qualquer comunicação dos órgãos competentes, como manda o protocolo", escreveu Severo na carta.
"Esclareço que entendo perfeitamente que todos os governos têm direito de formar suas equipes de acordo com suas orientações políticas e programáticas. Entretanto, não posso concordar com a forma desrespeitosa com que esse processo de mudança vem sendo conduzido. Fato que fica claro no trato dispensado a mim, à minha equipe e, principalmente, a esta instituição bicentenária da relevância da Biblioteca Nacional", diz em outro trecho.
Tanto a Biblioteca Nacional quanto Helena Severo, que está na presidência da instituição desde 2016, disseram que ainda não foram comunicadas oficialmente de qualquer mudança. O Diário Oficial tampouco trouxe a nomeação de Nogueira até o momento.
Além de Severo, a historiadora Maria Eduarda Marques, diretora-executiva da Biblioteca Nacional, também colocou seu cargo à disposição.
Desconhecido no meio literário, Rafael Nogueira é um nome próximo ao movimento conservador brasileiro e simpático ao grupo monarquista. Seguidor de Olavo de Carvalho, ele se autoproclama "aspirante a filósofo" em suas redes sociais.
Em sua conta no Twitter, na qual conta com mais de 40 mil seguidores, ele declara apoio incondicional a Jair Bolsonaro, compartilha críticas ao MBL (Movimento Brasil Livre) e se mostrou contrário à decisão do Supremo Tribunal Federal que impediu prisões após julgamento em segunda instância.
Na época em que Glenn Greenwald foi agredido ao vivo pelo jornalista Augusto Nunes, Nogueira defendeu Nunes nas redes sociais e compartilhou hashtags como #AugustoNunesHeroi.
Outras trocas Além da Biblioteca Nacional, o comando do Iphan e da Funarte deve ser trocado até segunda-feira (2), seguindo uma reforma no quadro da Secretaria Especial da Cultura e órgãos subordinados à subpasta do Ministério do Turismo, hoje sob comando do dramaturgo e diretor Roberto Alvim.
No Iphan, o nome mais cotado para substituir Kátia Bogéa é o empresário Olav Schrader, formado em relações internacionais e ligado à Associação de Moradores de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Há menções a seu nome em eventos pró-monarquia no país.
Cotado para assumir a Funarte, Dante Mantovani é maestro e doutor em música pela Universidade Estadual de Londrina. Em seu site oficial, ele afirma ter participado de grupos como o Coro Sacro da Paróquia Nossa Senhora da Paz, além de corais religiosos da Igreja Católica.
Bolsonaro tem ainda uma nova secretária do Audiovisual: Katiane de Fátima Gouvêa, membro da Cúpula Conservadora das Américas.
Chegam ainda ao governo um novo secretário-adjunto e secretários responsáveis pela promoção de diversidade cultural, de fomento e incentivo à cultura (à frente da Lei Rouanet), de economia criativa e da Fundação Palmares --este último, Sérgio Nascimento de Camargo, se define como "negro de direita, é contrário ao vitimismo e ao politicamente correto" e já afirmou que o Dia da Consciência Negra é "uma vergonha e precisa ser combatido" e que cotas raciais "são mais do que um absurdo".
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