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Política

- Publicada em 29 de Novembro de 2019 às 16:14

Brasil vai deixar área da educação do Mercosul, diz Weintraub

De acordo com Weintraub, os 28 anos de reuniões não trouxeram resultados concretos

De acordo com Weintraub, os 28 anos de reuniões não trouxeram resultados concretos


MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta sexta-feira (29), que o Brasil vai deixar de participar das reuniões na área educacional do Mercosul. Segundo Weintraub, o assunto passará a ser tratado bilateralmente.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta sexta-feira (29), que o Brasil vai deixar de participar das reuniões na área educacional do Mercosul. Segundo Weintraub, o assunto passará a ser tratado bilateralmente.
"Depois de 28 anos que o brasil está participando da área educacional do Mercosul, a decisão do governo é a partir de hoje começar a discutir apenas relações bilaterais com Paraguai, Argentina e Uruguai", disse o ministro.
De acordo com Weintraub, os 28 anos de reuniões não trouxeram resultados concretos e apresentavam custos "elevadíssimos"
"A razão é que, após 28 anos, não há resultados concretos, objetivos para a gente mostrar e a despesa e o custo foi elevadíssimo em diárias, passagens, hospedagem, tempo, esforço despendido."
Apesar de citar custos elevados, Weintraub disse que o ministério ainda está levantando a estimativa de economia com a decisão. O ministro falou de R$ 30 milhões nos 28 anos de Mercosul como um valor oficioso.
"Estamos levantando, porque é tudo custo de oportunidade, quanto custa a minha hora de trabalho, estamos levantando, aparentemente é um volume significativo nesses 28 anos de Mercosul, estamos falando aí alguma coisa por R$ 30 milhões, mas é um número oficioso, não oficial", disse.
O ministro garantiu que a mudança não interrompe trabalhos em andamento e afirmou que as reuniões não tinham eficácia.
"A vida segue normal, nada vai ser interrompido ou atrapalhado, simplesmente a reunião deixa de existir, mesmo porque, só para ter um exemplo, na última reunião foi apenas um ministro e nessa reunião veio apenas o ministro do Paraguai; a Argentina mandou alguém aqui da embaixada, e o Uruguai não mandou ninguém, então era um grupo que não funcionava mais, mas tinha custos", afirmou.
Em nota, o ministério informou que o reconhecimento de equivalência de estudos e o sistema de acreditação de cursos de graduação não terão mudanças.
"O reconhecimento da equivalência dos estudos no âmbito da educação básica de alunos que estudam fora do país e que são pertencentes ao bloco, assim como o sistema de acreditação de cursos de graduação do Mercosul (ARCU-SUL). Os bolsistas também terão o benefício mantido".
Segundo Weintraub, os outros países do Mercosul já foram avisados, menos o Uruguai, que, segundo ele, não mandou representante para a última reunião. O ministro disse que eles receberam bem a notícia e entenderam que a relação bilateral está preservada. Na nota divulgada, o ministério cita futuros acordos com os países do bloco.
"O governo brasileiro ressalta que não está rompendo relações com os países vizinhos. O diálogo permanece e futuros acordos, que tragam entregas efetivas, poderão ser firmados bilateralmente como por exemplo a implementação do bilinguismo nas escolas".
Agência O Globo
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