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Política

- Publicada em 25 de Novembro de 2019 às 16:44

Bolsonaro defende 'GLO do campo' para ser utilizada em reintegrações de posse

Para Bolsonaro, a ideia é criar uma "brecha" para que o governo federal possa realizar a reintegração

Para Bolsonaro, a ideia é criar uma "brecha" para que o governo federal possa realizar a reintegração


EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira (25) seu projeto que estabelece um excludente de ilicitude para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Em sua conta no Facebook, Bolsonaro compartilhou reportagem que mostra que há uma articulação no Congresso para derrubar o projeto e disse que o excludente é "necessário". Pouco depois, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente voltou a defender a proposta e ainda afirmou a jornalistas que estuda um projeto para estabelecer uma "GLO do campo", para ser utilizada em reintegrações de posse.
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira (25) seu projeto que estabelece um excludente de ilicitude para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Em sua conta no Facebook, Bolsonaro compartilhou reportagem que mostra que há uma articulação no Congresso para derrubar o projeto e disse que o excludente é "necessário". Pouco depois, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente voltou a defender a proposta e ainda afirmou a jornalistas que estuda um projeto para estabelecer uma "GLO do campo", para ser utilizada em reintegrações de posse.
"Quero inclusive adiantar para vocês, quero uma GLO do campo. Quando marginais invadem uma propriedade rural, o juiz determinando a reintegração de posse, quando sempre os governadores protelam, quase como regra, protelam isso, pode ser o governador, seja lá quem for, o próprio presidente, poderia, pelo nosso projeto, criar a GLO rural, para chegar e tirar o cara da propriedade do cara", disse Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, a ideia é estabelecer uma "brecha" para que o governo federal possa realizar a reintegração:
"A GLO do campo, a ideia é também o governador poder pedir, deixando uma brecha talvez, está faltando um finalmente ainda (no projeto), (para) uma iniciativa nossa (do governo federal)", explicou, acrescentando depois: - Tem alguns estados que, mesmo a Justiça determinando a reintegração de posse, o governador que faz. Isso é protelado. Tem um estado aí, não quero falar qual é, que está no nosso colo para resolver. Depois de oito anos que os caras invadiram. Fica mais difícil para fazer a reintegração de posse. Tem que ser algo urgente.
Ao comentar a resistência dos parlamentares ao projeto que estabelece um excludente de ilicitude", Bolsonaro afirmou que a GLO não é uma "ação social".
"A GLO não é uma ação social, chegar com flores na mão. Tem que chegar preparado para acabar com a bagunça." 
 
O presidente chegou a dizer que, se o Congresso não aprovar a proposta, "não tem GLO, ponto final". Depois, voltou atrás e afirmou que "raramente" irá decretar uma operação desse tipo em seu governo.
Líderes de partidos do centrão e de outras legendas já começaram a discutir a possibilidade de derrubar o projeto de lei enviado por Bolsonaro que prevê a criação de um excludente de ilicitude. Parlamentares avaliam que a proposta pode criar "uma licença para matar", inclusive na repressão de manifestações. O presidente compartilhou uma reprodução da reportagem e rescreveu que "a tropa da GLO não é para fazer relações públicas, ela vai para se impor, conter ações terroristas, depredação de bens, queima de ônibus, evitar que inocentes morram" e que "para enfrentar a esses marginais, é que se faz necessário o excludente de ilicitude".
Agência O Globo
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