Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 19 de Novembro de 2019 às 18:47

EUA aprovam novo embaixador do Brasil indicado por Bolsonaro

O diplomata de carreira, que foi chefe do setor de política comercial da embaixada nos anos 90

O diplomata de carreira, que foi chefe do setor de política comercial da embaixada nos anos 90


ITAMARATY/DIVULGAÇÃO/JC
O governo americano concedeu, nesta terça-feira (19), a  autorização para que o diplomata Nestor Forster assuma a embaixada do Brasil em Washington. A partir do sinal verde da Casa Branca, Forster será sabatinado pelo Senado brasileiro, que poderá aprovar ou não o nome do novo embaixador.
O governo americano concedeu, nesta terça-feira (19), a  autorização para que o diplomata Nestor Forster assuma a embaixada do Brasil em Washington. A partir do sinal verde da Casa Branca, Forster será sabatinado pelo Senado brasileiro, que poderá aprovar ou não o nome do novo embaixador.
À frente do posto desde a saída do embaixador Sergio Amaral, em maio último, Forster era o mais cotado para assumir a função até meados deste ano. Porém, seu nome acabou preterido pelo presidente Jair Bolsonaro, que preferia indicar seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
No mês passado, no entanto, Eduardo anunciou, no plenário da Câmara, que havia desistido de ocupar o cargo de embaixador em Washington. Ele comunicou sua decisão no momento da aprovação do acordo entre Brasil e EUA para o uso comercial da base de Alcântara (MA).
Em meio a uma crise envolvendo o presidente da República e membros de seu partido, o PSL, e diante das dificuldades em obter apoio suficiente no Senado para assumir a embaixada, o deputado disse que ficaria no país para defender a pauta conservadora e o governo do pai. Seria uma derrota emblemática para Bolsonaro se seu filho não passasse na sabatina, ou no próprio plenário da Casa.
Em seu primeiro discurso público desde que foi indicado ao cargo, Forster disse que é preciso "desfazer o mito" de que o relacionamento entre os dois países sob o governo Bolsonaro será de alinhamento automático.
O diplomata de carreira, que foi chefe do setor de política comercial da embaixada nos anos 90, elogiou a política econômica liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, citando seu programa de abertura comercial e de privatizações e concessões.
O gaúcho, de 56 anos, foi promovido a ministro de primeira classe em junho. Ele respondia pela embaixada como encarregado de negócios desde abril deste ano, quando Sergio Amaral deixou a função de embaixador. Além de ter servido por três vezes nos Estados Unidos, ele já ocupou postos nas embaixadas no Canadá e na Costa Rica.
Em rodas especulativas, consta que chegou a disputar o cargo com o cientista político Murilo Aragão. Ganhou a preferência do presidente, mas acabou deixado de lado quando a Casa Branca concedeu o agrément (autorização) para que Eduardo Bolsonaro representasse o Brasil nos EUA.
O diplomata é tido como um dos "olavetes", dada sua proximidade com o guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho. Ele apresentou o atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a Olavo de Carvalho, e este acabou apadrinhando Araújo na pasta das Relações Exteriores.
Também tem fortes ligações com o conservadorismo americano e foi responsável por articular uma palestra de Araújo na Heritage Foundation, um templo da direita nos EUA, durante a visita do chanceler a Washington em setembro. Ao mesmo tempo, tem o cuidado de não circular apenas em meios conservadores.
Agência O Globo
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO