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Assembleia Legislativa

- Publicada em 18 de Novembro de 2019 às 19:34

Luciano Hang recebe medalha do Mérito Farroupilha

Homenagem a Luciano Hang foi proposta pelo deputado Sérgio Turra (d)

Homenagem a Luciano Hang foi proposta pelo deputado Sérgio Turra (d)


GUILHERME PEDROTTI/DIVULGAÇÃO/JC
O empresário Luciano Hang - proprietário da rede de lojas Havan - recebeu nesta segunda-feira (18) a medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado estadual Sérgio Turra (PP). Na plateia, havia empresários, deputados, secretários de Estado e prefeitos de cidades gaúchas que receberam ou receberão investimentos da rede Havan. 
O empresário Luciano Hang - proprietário da rede de lojas Havan - recebeu nesta segunda-feira (18) a medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado estadual Sérgio Turra (PP). Na plateia, havia empresários, deputados, secretários de Estado e prefeitos de cidades gaúchas que receberam ou receberão investimentos da rede Havan. 
Em seu discurso, Turra relatou que o Rio Grande do Sul já tem quatro lojas da Havan em funcionamento: em Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo e Santa Maria. Também projetou que, até o final do ano, deverão ser inauguradas mais três: em Viamão, Ijuí e Pelotas. Para 2020, estão previstas outras 11: em Rio Grande, Canela, Canoas, Erechim, Gravataí, Guaíba, Capão da Canoa, Esteio, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Lajeado.
“Isso sem contar a construção de quatro pequenas centrais hidrelétricas, com investimentos que ultrapassam a casa dos R$ 400 milhões”, complementou o proponente da homenagem. As hidrelétricas devem ser construídas nos municípios de Quevedos, Júlio de Castilhos e São Martinho da Serra. Deverão produzir 60 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes.
Ao se pronunciar, Luciano Hang disse que quem o convenceu a expandir a rede Havan para o Estado foi o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse, e ao ex-governador José Ivo Sartori (MDB, 2015-2018). Ele recordou que tentou abrir a primeira filiar da Havan no Rio Grande do Sul nos anos 2000.
“Considerava o estado o mais burocrático do País. No tempo do PT, nada era possível. Fiquei 10 anos aguardando a liberação de quatro pequenas centrais hidrelétricas. Quando a secretária Ana Pellini (secretária do Meio Ambiente do governo Sartori) me ligou informando da liberação das obras, fiquei muito feliz. E prometi que construiria 50 lojas no estado”, disse Hang.

Manifestantes criticam condecoração no Parlamento

Durante a cerimônia na Assembleia Legislativa, manifestantes protestaram contra a entrega da honraria ao empresário Luciano Hang. Antes do evento, também houve protestos, quando Hang chegou ao Parlamento pilchado, caminhando ao lado do deputado Sérgio Turra, proponente da homenagem. A manifestação criticava a condecoração ao empresário - os ativistas citavam condenações por sonegação e evasão de divisas, além da propagação de fake news.
Apesar de Hang ser recebido em meio a um protesto, o salão Júlio de Castilhos ficou lotado para a entrega da medalha ao dono da Havan. Assim que ele terminou o seu discurso, alguns manifestantes entraram no salão Júlio de Castilhos. Houve gritaria, bate-boca e empurra-empurra.
O mesmo grupo - dezenas de pessoas, a maioria aposentados - já havia se manifestado contra a honraria no início da tarde, fora da Assembleia, na Praça da Matriz. Por volta das 15h, Hang e Turra atravessaram a esplanada do prédio do Legislativo. Ao serem avistados pelos ativistas, foram vaiados. As pessoas que protestavam seguravam cartazes: "Estado pune professor e homenageia sonegador"; "Vergonha farroupilha homenagear sonegador".
Hang foi condenado pela Justiça em pelo menos duas ações, por evasão de divisas e sonegação. No processo por evasão de divisas, o Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina acusou o empresário de usar contas laranja para enviar R$ 500 mil a contas no exterior sem pagar os devidos tributos. Em outra condenação, Hang foi condenado por sonegar mais de R$ 10,4 milhões em contribuições previdenciárias e acessórias de funcionários entre 1992 e 1999. A 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou o resultado da ação em segunda instância.
O empresário contesta que seja devedor do fisco e garante que paga bilhões de reais em impostos.