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Política

- Publicada em 12 de Novembro de 2019 às 17:04

Presidente da CCJ do Senado pretende aprovar prisão em segunda instância até o fim do mês

Simone Tebet (MDB-MS) disse nesta terça-feira (12) que vai pautar para a quarta-feira (20)

Simone Tebet (MDB-MS) disse nesta terça-feira (12) que vai pautar para a quarta-feira (20)


EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO/JC
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) disse nesta terça-feira (12) que vai pautar para a quarta-feira (20) o início da apreciação de projetos para permitir a prisão após condenação em segunda instância. Ela disse que espera votar e aprovar a matéria na comissão até a sessão seguinte, prevista para o dia 27.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) disse nesta terça-feira (12) que vai pautar para a quarta-feira (20) o início da apreciação de projetos para permitir a prisão após condenação em segunda instância. Ela disse que espera votar e aprovar a matéria na comissão até a sessão seguinte, prevista para o dia 27.
A senadora informou que vai pautar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que acrescenta ao artigo 93 da Constituição o trecho "decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos", cujo texto pode ser "amarrado" por uma emenda que a medida seja uma possibilidade e não obrigatoriedade. Para ela, o ajuste vai ao pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e da Segurança, Sergio Moro, alterando o Código de Processo Penal (CPP).
"De qualquer forma, a CCJ vai pautar os dois. Nós vamos pautar tanto a emenda, quanto o pacote anticrime, porque os dois estão com os relatórios prontos", declarou.
Simone apontou que um grupo de senadores vai tentar, "diante da urgência e da relevância do tema, da insegurança jurídica e até política", incluir na pauta da ordem do dia desta terça, mas disse que, "sendo bem realista", acredita que isso é "praticamente impossível". Ela se referiu a um acordo já celebrado entre os líderes de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) só leve ao plenário matérias que tenham pelo menos um relatório em uma comissão.
"Esse é o argumento que ele vai dar. E contra fatos, a gente não argumentos", declarou.
Para a presidente da CCJ, não adianta se ater a controvérsias jurídicas sobre a possibilidade de o Congresso aprovar a prisão em segunda instância porque o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, antecipou que para ele não se trata de cláusula pétrea. E é ele que decidiria sobre a constitucionalidade da questão em última instância, por ter dado o voto de minerva no julgamento do Supremo na semana passada.
Na opinião da senadora, apenas o artigo 5º da Constituição não poderia ser modificado - e esse dispositivo é alterado em PEC que tramita na CCJ da Câmara.
"Eu tenho uma dúvida se o projeto da Câmara estaria correto. É apenas dúvida, eu ainda não vi o projeto, não sei como vai sair da Câmara", declarou. "Qualquer alteração na parte processual, seja na Constituição seja no CPP [Código de Processo Penal], dificilmente o Supremo reverta e opte pela inconstitucionalidade."
A parlamentar disse ainda que a discussão sobre o tema precisa ser "desfulanizada", ou seja, desvinculada da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em decorrência da decisão do STF. Ela lembrou que, por ter cumprido 1/6 da sua pena, ele não voltaria à prisão pelo processo em que foi condenado.
Questionada sobre a declaração de mais cedo de Alcolumbre que ironizou a pressão de senadores para que ele paute uma proposta para permitir a execução provisória da pena, propondo que todos os parlamentares renunciem aos seus mandatos e convoquem uma nova Assembleia Nacional Constituinte.
"Só ouvi dizer. Como eu não li nada ainda, eu vou aguardar. Não estive com o presidente ainda, então vou aguardar para saber o que ele quis dizer. Não sei o que ele quis dizer. Eu acho que ele fez uma brincadeira", comentou a senadora.
Agência O Globo
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