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Política

- Publicada em 24 de Outubro de 2019 às 14:03

Brasil vai isentar chineses de visto para entrar no país

China é o maior parceiro comercial do Brasil; o intercâmbio comercial somou US$ 72,8 bilhões em 2019

China é o maior parceiro comercial do Brasil; o intercâmbio comercial somou US$ 72,8 bilhões em 2019


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (24) que vai isentar os chineses de visto para entrar no Brasil para turismo ou negócios. A princípio, não haverá reciprocidade.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (24) que vai isentar os chineses de visto para entrar no Brasil para turismo ou negócios. A princípio, não haverá reciprocidade.
A medida já foi anunciada para Estados Unidos, Japão e Canadá. O próximo país deve ser a Índia. Hoje, os chineses que querem viajar ao país precisam recorrer a um dos três consulados que o Brasil tem na China, localizados em Pequim, Xangai e Cantão.
Segundo o chanceler Ernesto Araújo, ainda não há prazo, porque deve haver forte demanda. A China possui uma população de cerca de 1,39 bilhão de pessoas.
A medida foi anunciada primeiramente a "pesos pesados" da indústria da China. Bolsonaro se reuniu em Pequim com 19 presidentes de grandes companhias chinesas de setores como varejo, aviação, infraestrutura, agrícola e entretenimento. Entre eles, estavam Wang MingQiang, CEO do Alibaba, Feng Yong Fang, presidente do Grupo de Investimentos CRCC (infraestrutura), e Yu Songho, presidente do HeRun Group, um dos maiores importadores de soja do país. O encontro foi organizado pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que convidou companhias com as quais a entidade mantém relações.
Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para frisar aos chineses que agora, após a aprovação da reforma da Previdência, o Brasil está "solvente", o que dará previsibilidade aos seus negócios. A reunião foi bastante protocolar e durou cerca de meia hora. Os empresários chineses apresentaram seus negócios e falaram sobre seu desejo de investir no Brasil.
A abertura de Bolsonaro ao investimento chinês representa uma importante mudança de postura em relação ao discurso adotado na campanha eleitoral. Na época, o então candidato chegou a afirmar que "a China não estava comprando no Brasil, mas comprando o Brasil". A extrema-direita brasileira, capitaneada por Olavo de Carvalho - conhecido como o "guru" de Bolsonaro -, não vê com bons olhos a aproximação entre Brasil e China.
Em janeiro deste ano, um comitiva de deputados visitou a China para conhecer os sistemas de segurança por reconhecimento facial do país e foi duramente criticada pelo escritor, que chamou os congressistas de "caipiras" e "semianalfabetos". Apesar da resistência de parte de seus eleitores, Bolsonaro tem adotado um tom pragmático e levado aos chineses a mensagem de que o Brasil está aberto a negócios.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. De janeiro a setembro, o intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 72,8 bilhões. Em 2018, foram US$ 98,8 bilhões - um recorde.
Folhapress
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