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Política

- Publicada em 18 de Outubro de 2019 às 03:00

Planalto suspende indicação de Eduardo Bolsonaro a embaixada

Deputado reconheceu que cargo nos EUA ficou em segundo plano

Deputado reconheceu que cargo nos EUA ficou em segundo plano


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
A indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador do Brasil em Washington está em suspenso pelo Palácio do Planalto. Embora a intenção de indicar o deputado federal para a função tenha sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em julho, até agora não houve o início do processo formal no Senado, que precisa aprovar a escolha.
A indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador do Brasil em Washington está em suspenso pelo Palácio do Planalto. Embora a intenção de indicar o deputado federal para a função tenha sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em julho, até agora não houve o início do processo formal no Senado, que precisa aprovar a escolha.
Inicialmente, o governo dizia esperar um momento oportuno para enviar o nome de Eduardo, um dos filhos do presidente. Membros do Planalto argumentavam que era necessário esperar a definição de pautas importantes para o governo, como a aprovação da reforma da Previdência.
Agora, a possibilidade de Eduardo se tornar líder do PSL na Câmara passou a ser apontada como o principal motivo para o atraso. Nos bastidores, a avaliação é que o filho do presidente tem acirrado disputas e se desgastado junto a parlamentares, inclusive de seu próprio partido, estando cada vez mais longe do número de votos necessários para ter a aprovação no Senado. Oficialmente, o Planalto não comenta o caso, e Bolsonaro não tem respondido aos questionamentos relacionados à indicação de Eduardo.
Nesta quarta -feira, o próprio deputado reconheceu que a nomeação para o posto nos Estados Unidos ficou em segundo plano.
"Todos os temas como embaixada ou viagem para a Ásia são temas secundários. A gente está aqui para cuidar dos nossos eleitores", disse ele após tentativa frustrada de assumir a liderança do PSL.
Ao postergar a indicação do filho, Bolsonaro deixa o posto de Washington sem embaixador por quase dez meses, embora o presidente considere a relação com os EUA como prioridade da política externa brasileira.
Diplomatas brasileiros em Washington também já enxergam como remota a possibilidade de Bolsonaro oficializar a indicação de Eduardo para a embaixada.
Aliados do deputado federal, por sua vez, iniciaram uma espécie de operação vacina, na tentativa de passar a imagem de que é ele -e não o presidente-quem vai decidir se enfrenta ou não a sabatina e a votação dos senadores.
Eles dizem que Eduardo conversou com o pai nesta quinta-feira sobre a crise de seu partido, o PSL, e sabe que seria útil no Brasil para ajudar na articulação política no Congresso.
O discurso foi visto, entre parlamentares e diplomatas, como uma maneira de deixar aberta uma possibilidade de a indicação não acontecer.
 
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