O prefeito de Bagé, Divaldo Pereira Lara (PTB), foi afastado do cargo nesta quarta-feira (25) em medida cumprida pelo Ministério Público do Estado (MP-RS). Segundo nota do órgão, a ação integra investigação da Procuradoria de Prefeitos e cumpre medida cautelar, determinada pela Justiça, para que o gestor fique fora da atribuições por 180 dias.
Lara, que é irmão do presidente da Assembleia Legislativa, Luis Augusto Lara (PTB), foi denunciado por prática de crimes em licitações, de responsabilidade, de desvio de verbas públicas e organização criminosa, elenca o MP-RS.
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A assessoria de comunicação da prefeitura informou que deve ser emitida uma nota sobre a medida. O vice-prefeito Manoel Machado deve assumir o cargo. Até a tarde desta quarta, Machado não havia sido notificado, pois estava em um compromisso pessoal em Pelotas, disse a assessoria.
A decisão do afastamento é da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul (TJ-RS). Além da medida que atinge o prefeito, também foram mantidos os afastamentos dos ex-secretários municipais de Finanças José Otávio Ferrer Gonçalves e do Meio Ambiente Aroldo Quintana Garcia.
A investigação, que teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começou em outubro de 2018. A medida cautelar é buscada para assegurar que a coleta de provas e investigação, sem a interferência dos envolvidos.
O MP-RS informou que também foram denunciados a ex-diretora-geral da Câmara de Vereadores de Bagé Carla Almeida Caetano Gonçalves, o empresário Ronaldo Burns Costa e Silva, a empresária Paula Lopes Groeger, o ex-diretor do Departamento de Águas e Esgotos de Bagé, Volmir Oliveira Silveira, o ex-secretário da Fazenda, Aurelino Brites Rocha, o servidor público municipal Giovani Soares de Morales, o funcionário público Glademir Silva Leal, o atual secretário Municipal do Meio Ambiente, Nael Abd Ali, o empresário Rogério dos Anjos Meirelles e o empresário Cassius Fagundes Reginatto.