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Política

- Publicada em 19 de Setembro de 2019 às 03:00

Ex-executivo que delatou Aécio e Lobão é achado morto

A Polícia do Rio de Janeiro investiga a morte do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Henrique Serrano do Prado Valladares, delator da Lava Jato que revelou supostas propinas para o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e para o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). O registro oficial da 14ª Delegacia, no Leblon, aponta "causa indeterminada". O corpo foi encontrado nesta terça-feira no apartamento onde o delator morava.

A Polícia do Rio de Janeiro investiga a morte do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Henrique Serrano do Prado Valladares, delator da Lava Jato que revelou supostas propinas para o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e para o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). O registro oficial da 14ª Delegacia, no Leblon, aponta "causa indeterminada". O corpo foi encontrado nesta terça-feira no apartamento onde o delator morava.

As primeiras investigações indicam que não havia sinais de arrombamento no apartamento, nem evidências de luta. O corpo já passou por necropsia e foi liberado para a família. Valladares foi apontado por outros delatores da empreiteira como um dos negociadores de R$ 30 milhões de propina para Aécio atuar a favor dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) e, assim, atender interesses da empreiteira e também da Andrade Gutierrez.

Valladares contou que a empreiteira pagava prestações de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, repassados pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas do grupo, para "Mineirinho", codinome atribuído a Aécio. O delator também dedicou parte de suas revelações a Lobão, ou "Esquálido", como o ex-ministro e ex-senador era rotulado nas planilhas de propinas da empreiteira.

Segundo Valladares, o ex-ministro recebeu R$ 5,5 milhões para rever o leilão da usina de Jirau e a Odebrecht assumisse o empreendimento. O delator contou que "Esquálido" teria cobrado uma "contrapartida" após reunião com os executivos da empreiteira. "Ele sinalizava que iria nos ajudar. E que precisava de nossa ajuda, de propina", declarou Valladares.

Tanto o deputado Aécio Neves quanto o ex-ministro Edison Lobão sempre negaram enfaticamente a prática de ilícitos e o recebimento de propinas da Odebrecht.

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