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Política

- Publicada em 09 de Setembro de 2019 às 03:00

Defesa de Lula reage a divulgação denovas mensagens de procuradores

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as conversas reveladas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgadas neste domingo (8), em parceria com o The Intercept Brasil, expõem "grosseiras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Lava Jato".
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as conversas reveladas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgadas neste domingo (8), em parceria com o The Intercept Brasil, expõem "grosseiras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Lava Jato".
A nota da defesa, repercutida em perfil do ex-presidente no Twitter, afirma que "o ex-juiz Sérgio Moro, os procuradores e o delegado da Lava Jato de Curitiba selecionaram conversas telefônicas mantidas por Lula, escondendo dos autos e do STF aquelas que mostravam a verdade dos fatos".
A reportagem mostra que conversas de Lula gravadas pela PF em 2016 e mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese de Moro para justificar a decisão mais controversa que tomou como juiz da Lava Jato. Na ocasião, ele tornou público um diálogo em que a então presidente Dilma Rousseff (PT) teve com Lula, levando a anulação da posse dele na Casa Civil pelo STF. Para a Lava Jato, a ligação mostrava que a nomeação visava travar as investigações sobre ele.
Mas registros analisados pela Folha e pelo Intercept mostram que outras ligações interceptadas naquele dia, e mantidas em sigilo, punham em xeque a hipótese adotada, já que revelam que o petista, em conversas com políticos, sindicalistas e o então vice-presidente Michel Temer (MDB), disse que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só aceitou por pressões de aliados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) pode analisar nos próximos meses se as mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa da Lava Jato devem ser usadas ou não como provas legais para questionar a conduta do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da operação.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que não soube dos telefonemas do ex-presidente que a Polícia Federal grampeou e manteve sob sigilo em 2016, quando era o juiz à frente das ações da Lava Jato em Curitiba. "O atual ministro teve conhecimento, à época, apenas dos diálogos selecionados pela autoridade policial e enviados à Justiça", afirmou o Ministério da Justiça, por meio de nota.
Em nota, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse que cabe à polícia selecionar as interceptações relevantes para as investigações e que "não houve seleção de áudios pelas autoridades quando do levantamento do sigilo" do caso de Lula.
A Polícia Federal não quis fazer comentários sobre a seleção dos áudios que anexou aos autos da investigação em 2016. 
 
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