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Política

- Publicada em 04 de Setembro de 2019 às 14:50

'Acredito mais em mula sem cabeça do que no Datafolha', diz Bolsonaro

'Pelo Datafolha eu não sou presidente', rebateu Bolsonaro ao ironizar pesquisa

'Pelo Datafolha eu não sou presidente', rebateu Bolsonaro ao ironizar pesquisa


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou a pesquisa Datafolha que mostrou que 70% dos brasileiros reprovam a ideia do mandatário de indicar seu filho para a embaixada brasileira em Washington.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou a pesquisa Datafolha que mostrou que 70% dos brasileiros reprovam a ideia do mandatário de indicar seu filho para a embaixada brasileira em Washington.
O levantamento foi publicado nesta quarta-feira (4) e mostrou também que apenas 23% consideram que o presidente está agindo bem ao nomear o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para chefiar a missão diplomática do Brasil nos Estados Unidos.
"Pelo Datafolha eu não sou presidente", rebateu Bolsonaro, ao deixar o Palácio da Alvorada. "Eu acredito mais em mula sem cabeça, saci-pererê e Papai Noel do que no Datafolha. Não tem mais graça falar em Datafolha aqui. Datafolha não, Datafake", afirmou o presidente.
Apesar das declarações do mandatário de que, segundo o Datafolha, ele não seria presidente, a última pesquisa do instituto antes do segundo turno das eleições do ano passado apontou a vitória de Bolsonaro, com 55% dos votos válidos, ante 45% de Fernando Haddad (PT) -mesmos índices do resultado final.
Jair Bolsonaro anunciou que indicaria Eduardo para a embaixada em Washington em julho, mas até hoje não formalizou o ato. Existe o temor entre auxiliares do presidente de que o nome do deputado federal enfrente resistência entre os senadores, que precisam avalizar a indicação.
Após a formalização da nomeação, Eduardo precisa se submeter a uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado e a duas votações. Uma no colegiado (de caráter consultivo) e outra no plenário da Casa.
Segundo o Datafolha, a indicação de Eduardo sofre alta rejeição em praticamente todos os estratos pesquisados, com exceção dos simpatizantes do PSL(64% de apoio) e entre os que classificam o governo Bolsonaro como ótimo/bom(54%).
A visão contrária à indicação é maior entre os jovens de 16 a 24 anos (74%), funcionários públicos (81%) e estudantes (78%).
A pesquisa foi feita entre os dias 29 e 30 de agosto e ouviu 2.878 pessoas em 175 municípios de todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Para vencer a oposição a seu nome, Eduardo Bolsonaro tem argumentado que desfrutará, caso seja confirmado embaixador, de um acesso inédito ao entorno do presidente dos EUA, Donald Trump.
O deputado federal, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, já foi elogiado publicamente por Trump.
Na sexta-feira (30), Eduardo viajou aos EUA e se reuniu durante 30 minutos com o mandatário americano na Casa Branca.
Folhapress
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