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Política

- Publicada em 02 de Setembro de 2019 às 09:18

Reprovação de Bolsonaro cresce e vai a 38%, mostra Datafolha

Aprovação do presidente também caiu, passando de 33% em julho para os atuais 29%

Aprovação do presidente também caiu, passando de 33% em julho para os atuais 29%


EVARISTO SA/AFP/JC
A reprovação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) entre os brasileiros subiu para 38%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2). No levantamento anterior, feito em julho, o percentual era de 33%. Na semana passada, a pesquisa do instituto MDA e CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostrou o presidente com avaliação ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros.
A reprovação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) entre os brasileiros subiu para 38%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2). No levantamento anterior, feito em julho, o percentual era de 33%. Na semana passada, a pesquisa do instituto MDA e CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostrou o presidente com avaliação ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros.
A aprovação do presidente também caiu, passando de 33% em julho para os atuais 29%, mantendo-se no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos. Já a avaliação do governo como regular ficou estável, passando de 31% para 30%.
A pesquisa ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios, entre os dias 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. 
A perda de apoio de Bolsonaro foi acentuada entre aqueles mais ricos, com renda mensal acima de 10 salários mínimos. Neste segmento, a aprovação ao presidente caiu de 52% em julho para 37% agora -bastante significativa, ainda que se mantenha acima da média. A pior avaliação do mandatário é entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos (22%), os mais jovens (16 a 24 anos, 24%) e com escolaridade baixa (só ensino fundamental, 26%).
Na pesquisa de julho ena anterior, de abril, estava consolidado um cenário em que o país se dividia em três partes iguais: quem achava Bolsonaro ótimo ou bom, ruim ou péssimo e regular. De dois meses para cá, o presidente viu aprovada na Câmara a reforma da Previdência, sua principal bandeira de governo. Ato contínuo,iniciou uma escalada de radicalização, acenando a seu eleitorado mais ideológico com uma sucessão de polêmicas.
Neste período, Bolsonaro sugeriu que opai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) havia sido morto por colegas de luta armada na ditadura,indicou o filho Eduardo para a embaixada brasileira em Washington e criticou governadores do Nordeste -a quem também chamou de "paraíbas".
O último item coincide com a região em que mais disparou a rejeição a Bolsonaro. O Nordeste sempre foi uma fortaleza do voto antibolsonarista, mas seu índice de ruim e péssimo subiu de 41% para 52% na região de julho para cá.
Voltando ao corte regional, a disparada de rejeição no Nordeste é acompanhada também em áreas tradicionalmente bolsonaristas. A região Sul, por exemplo, teve um aumento de 25% para 31% entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo.
As mulheres seguem rejeitando mais o mandatário do que os homens: 43% delas o acham ruim ou péssimo, ante 34% dos homens.
Com tudo isso, Bolsonaro segue sendo o presidente eleito mais mal avaliado em um primeiro mandato, considerando FHC, Lula e Dilma.
Há outros indicativos dos motivos do azedume da população com o presidente, cujo governo ganhou nota 5,1 dos entrevistados. Nada menos que 44% dos brasileiros não confia na palavra do presidente, enquanto 36% confiam eventualmente e 19%, sempre.
O estilo presidencial, que o entorno de Bolsonaro tenta vender como autêntico e direto, não está lhe rendendo também boa avaliação.
É preponderante a percepção de que o presidente nunca se comporta conforme o cargo exige. Subiu de 25% para 32% o contingente que pensa assim -em abril, eram 23%. Já os que acham que Bolsonaro cumpre a liturgia do cargo caíram de 22% para 15%, ante 27% em abril.
Ao mesmo tempo, cai a expectativa sobre o governo. Acreditavam em abril que Bolsonaro faria uma gestão ótima ou boa à frente 59%. Em julho, eram 51% e agora, 45%. Na mão contrária, creem numa administração ruim ou péssima 32% - eram 24% em julho e 23%, em abril.
Com informações da Folhapress
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