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Política

- Publicada em 14 de Agosto de 2019 às 03:00

Alceu Moreira critica europeus e defende nova lei de licenciamento

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), reagiu às declarações da senadora Katia Abreu (PDT-TO), de que "os agricultores que estão alegres hoje vão chorar amanhã". Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta terça-feira, Kátia se referia aos impactos da política ambiental do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que, em sua avaliação, ameaça o acesso de produtos brasileiros no exterior e pode causar prejuízos ao agronegócio.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), reagiu às declarações da senadora Katia Abreu (PDT-TO), de que "os agricultores que estão alegres hoje vão chorar amanhã". Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta terça-feira, Kátia se referia aos impactos da política ambiental do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que, em sua avaliação, ameaça o acesso de produtos brasileiros no exterior e pode causar prejuízos ao agronegócio.
Líder da bancada ruralista na Câmara, Alceu Moreira disse que a senadora "muda de opinião muito rápido, como troca de blusa". "Kátia Abreu, nesse momento, expressa uma posição política de oposição. Aliás, se a Kátia Abreu estivesse falando na condição de presidente da CNA (a senadora foi presidente da Confederação Nacional da Agricultura), ela diria completamente o inverso", comentou o deputado. 
De acordo com o parlamentar, os europeus querem ter controle da produção da produção nacional. "É o que eles querem. Os americanos dizem há muito tempo, 'florestas lá, lavouras aqui'. Não é uma coisa inusitada. Adianta nós ficarmos fazendo esse belo discurso? Não. Temos que agir e mostrar para o mundo. Não são só eles que são clientes no mundo. A Ásia não pensa assim com relação à questão ambiental, os países árabes não pensam assim", disse Alceu Moreira. "Quando fazem esses controles, querem fazer a lei de mercado. Eu criminalizo meu concorrente para poder vender livre e solto. Nós não podemos ficar calados, nos queixando", comentou o parlamentar.
O presidente da FPA criticou ainda a decisão da Alemanha de paralisar investimentos no Fundo Amazônia, programa de combate ao desmatamento realizado com recursos doados pela Alemanha e Noruega. "Que autoridade tem a Alemanha para falar da Amazônia, se eles não têm um palmo de mata ciliar, se eles não têm área de preservação permanente, absolutamente nada? De onde eles acham que podem falar sobre isso?", questionou.
A FPA é hoje a principal defensora do projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, relatado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). O texto foi alvo de críticas pesadas de especialistas. Em nota, 84 organizações socioambientais, como Conselho Indigenista Missionário, Greenpeace, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima, SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil, afirmaram que Kataguiri "apresentou, de última hora, um substitutivo que torna o licenciamento exceção, em vez de regra, comprometendo a qualidade socioambiental e a segurança jurídica das obras e atividades econômicas com potencial de impactos e danos para a sociedade".
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