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Política

- Publicada em 09 de Agosto de 2019 às 03:00

Delação de Palocci à Polícia Federal implica Ambev

Atualizada às 18h57min.
Atualizada às 18h57min.
Decisão sigilosa do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), diz que o ex-ministro Antonio Palocci (ex-PT) relatou, em seu acordo de delação premiada à Polícia Federal (PF), "pagamentos indevidos" da Ambev aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e a ele próprio. É a primeira vez que a multinacional de bebidas aparece nas investigações da Lava Jato. O interesse da empresa, de acordo com o documento de Fachin, era impedir o aumento de imposto (PIS/Cofins) sobre bebidas alcoólicas.
No despacho, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, não há menção a data ou a valores que supostamente foram desembolsados pela empresa. Os detalhes da delação de Palocci estão em outros documentos, os anexos, que estão sob sigilo.
O PT informou, por meio de nota, que Palocci "fez um negócio milionário com a Lava Jato para sair da cadeia com muito dinheiro em troca de mentiras".
A assessoria de Lula, por sua vez, disse que Palocci "é apenas um instrumento da Lava Jato para atacar Lula com mentiras e narrativas que não podem ser confirmadas por testemunhas ou por documentos". A assessoria de Dilma informou que aguardaria a publicação da reportagem para eventualmente se manifestar. O advogado Tracy Reinaldet, que defende Palocci, afirmou que a delação de seu cliente ainda está sob sigilo e, por isso, não comentaria.
Em nota, a Ambev afirma que as alegações relatadas são falsas e incoerentes. "Falsas porque nunca fizemos pagamentos de qualquer natureza para obtenção de vantagens indevidas. E incoerentes porque, desde 2015, o setor de bebidas sofreu um grande aumento da carga tributária referente a PIS/Cofins, da ordem de 60%, contradizendo tudo o que foi alegado", diz o texto da empresa.
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