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Direitos Humanos

- Publicada em 02 de Agosto de 2019 às 03:00

Bolsonaro escolhe militares e PSL para comissão de desaparecidos

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) escolheu correligionários e militares para compor a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do governo federal. A troca ocorre uma semana depois de a comissão ter emitido documento no qual reconhece que a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ocorreu "em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro".
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) escolheu correligionários e militares para compor a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do governo federal. A troca ocorre uma semana depois de a comissão ter emitido documento no qual reconhece que a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ocorreu "em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro".
Dois filiados ao PSL, partido de Bolsonaro e seus filhos, passaram a integrar a comissão. O novo presidente é Marco Vinicius Pereira de Carvalho. É assessor especial da ministra Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos). O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) também ingressou no colegiado por integrar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Em 31 de março deste ano, o deputado defendeu em uma rede social que se comemorasse o golpe militar.
Os outros dois novos membros da comissão são militares. O coronel reformado Weslei Antônio Maretti e o oficial do Exército Vital Lima Santos, assessor do chefe de gabinete do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Deixaram o grupo Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, ex-presidente da comissão, Rosa Maria Cardoso da Cunha, ex-integrante da Comissão da Verdade, João Batista Fagundes, coronel da reserva e ex-deputado e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Na manhã desta quinta-feira (1), Bolsonaro disse que a mudança se deu pelo fato de agora o Brasil ter um governo de direita. "O motivo (é) que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles (governos anteriores) botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", afirmou.

Barroso interpela Jair Bolsonaro para explicar falas sobre Santa Cruz

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), pede para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) esclareça "eventuais ambiguidades ou dubiedades dos termos utilizados" nesta semana, ao falar sobre a morte de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 
A decisão atende a um pedido do advogado. Na segunda-feira, Bolsonaro disse que poderia explicar o Felipe Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
Depois, numa transmissão ao vivo feita em uma rede social o presidente afirmou que ele foi morto por integrantes da AP, a Ação Popular. A declaração contraria documentos oficiais que dizem que Fernando Santa Cruz foi preso por agentes do Estado e desapareceu. O destino dele não foi esclarecido até hoje. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.