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Política

- Publicada em 01 de Agosto de 2019 às 22:27

Coreanas pesquisam Orçamento Participativo de Porto Alegre

Seungmin (e) e Hyerin foram recebidas pelo secretário Siegle

Seungmin (e) e Hyerin foram recebidas pelo secretário Siegle


JOEL VARGAS/PMPA/JC
Bruna Suptitz
Na Coreia do Sul, cidades como a capital Seul e Gwangju adotam o Orçamento Participativo para destinação de parte dos recursos dos governos locais desde 2012. No sistema sul-coreano, cabe aos cidadãos apresentar ao governo local uma proposta completa de demanda, prevendo localização, previsão de custos e finalidade, que é apresentado em um painel online e passa por votação popular.
Na Coreia do Sul, cidades como a capital Seul e Gwangju adotam o Orçamento Participativo para destinação de parte dos recursos dos governos locais desde 2012. No sistema sul-coreano, cabe aos cidadãos apresentar ao governo local uma proposta completa de demanda, prevendo localização, previsão de custos e finalidade, que é apresentado em um painel online e passa por votação popular.
Quem explica são as estudantes de Sociologia Hyerin Han e Seunymian Lee, da Universidade Ewha Womans, que estão em Porto Alegre desde segunda-feira. "É muito difícil para os indivíduos participar", avalia Hyerin. Por isso, lá é comum que as pessoas se organizem em grupos para reivindicar demandas específicas das suas comunidades.
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Em visita à prefeitura e a algumas comunidades, as estudantes apontam semelhanças entre os dois modelos, como a existência do ciclo anual. Lá também há a eventual negativa do governo em praticar alguma escolha da população por problema técnico na sua concepção. "Todo o esforço em fazer aquela demanda é perdido", lamenta Seunymian. 
Já como principal diferença, as coreanas apontam a participação de pessoas em situação de vulnerabilidade social - foco do estudo de conclusão da graduação em Sociologia. Por ser uma experiência recente na Coreia do Sul, ainda é pouco conhecida da população, especialmente das pessoas de baixa renda.
"A razão pela qual queremos tornar essa política mais conhecida é por entendermos que este é o meio mais efetivo de que pessoas em vulnerabilidade tenham poder político", explica Seunymian.
Contudo, um dos objetivos da passagem delas pela capital gaúcha não será concretizado - a participação nas assembleias do OP. Previstas para acontecer entre julho e agosto, as assembleias foram transferidas para coincidir com o fechamento da Lei Orçamentária Anual de 2020, e iniciam em 23 de setembro.
Ainda assim, na avaliação do secretário-adjunto de Relações Institucionais, Carlos Siegle (PTB), a conversa com os gestores permitirá que elas levem "o entendimento de que o OP é mais que uma ferramenta para apresentar demandas, e sim de diálogo mais permanente do governo com a comunidade que mais precisa".
Antes da rodada de assembleias, um seminário internacional marca os 30 anos do Orçamento Participativo em Porto Alegre. O evento acontecerá de 21 a 24 de agosto e as inscrições gratuitas devem ser feitas no site http://bit.ly/2Zlv5Se.
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