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Política

- Publicada em 01 de Agosto de 2019 às 03:00

PF diz que Grupo Petrópolis lavou R$ 329 mi da Odebrecht

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (31), a 62ª fase da Operação Lava Jato, denominada Rock City. A ação apura o pagamento de propinas disfarçadas de doações de campanha eleitoral realizada por empresas do Grupo Petrópolis. Segundo a PF, o grupo teria auxiliado a Odebrecht a realizar pagamentos ilícitos por meio de operações dólar-cabo - troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (31), a 62ª fase da Operação Lava Jato, denominada Rock City. A ação apura o pagamento de propinas disfarçadas de doações de campanha eleitoral realizada por empresas do Grupo Petrópolis. Segundo a PF, o grupo teria auxiliado a Odebrecht a realizar pagamentos ilícitos por meio de operações dólar-cabo - troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.
O envolvimento de Walter Faria e outros cinco executivos do grupo envolveu, segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, envolveu o pagamento de pelo menos R$ 208 milhões em espécie à Odebrecht no Brasil entre 2007 e 2011 e repassou R$ 121.581.164,36 em propinas da construtora disfarçadas de doações eleitorais.
De acordo com a Procuradoria, Faria, que é alvo de ordem de prisão preventiva decretada pela Justiça Federal do Paraná, "desempenhou substancial papel como grande operador de propina" e, em conjunto com os executivos investigados, atuou "em larga escala na lavagem de centenas de milhões de reais em contas fora do Brasil."
A investigação apurou que Faria recebeu, entre março de 2007 a outubro de 2009, US$ 88.420.065 da construtora em uma conta mantida no Antigua Overseas Bank, em Antigua e Barbuda, no nome da offshore Legacy International Inc..
Já entre agosto de 2011 e outubro de 2014, duas contas mantidas pelo executivo no EFG Bank na Suíça, em nome das offshores Sur trade Corporation S/A, e Somert S/A Montevideo, receberam da Odebrecht, respectivamente, US$ 433.527, e US$ 18.094.153, indicou a Procuradoria.
A apuração constatou que, no mesmo período, o grupo Petrópolis disponibilizou pelo menos R$ 208 milhões em espécie à Odebrecht no Brasil, de junho de 2007 a fevereiro de 2011. Além disso, o grupo comandado por Faria, por meio das empresas Praiamar e Leyroz Caxias, foi utilizado pela Odebrecht para realizar, entre 2008 e 2014, pagamentos de propina travestida de doações eleitorais, no montante de R$ 121.581.164,36.
Segundo o MPF, o dono do Grupo Petrópolis teria, em troca de dólares recebidos no exterior e de investimentos realizados em suas empresas, "atuado para gerar dinheiro em espécie para a entrega a agentes no Brasil e entregar propina travestida de doação eleitoral no interesse da Odebrecht".
Até o fechamento deste texto, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.
 
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