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Política

- Publicada em 30 de Julho de 2019 às 03:00

Caso de hackers envolveu pagamento, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar, nesta segunda-feira (29), o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Em entrevista na porta do Palácio da Alvorada, ele disse que invasão de telefone é crime, e a condição de jornalista, apesar da garantia constitucional do sigilo da fonte, não é desculpa para "preservar o crime".
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar, nesta segunda-feira (29), o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Em entrevista na porta do Palácio da Alvorada, ele disse que invasão de telefone é crime, e a condição de jornalista, apesar da garantia constitucional do sigilo da fonte, não é desculpa para "preservar o crime".
Um dos suspeitos presos pela Polícia Federal (PF) na semana passada disse que repassou conteúdo extraído do Telegram de autoridades para o Intercept. Greenwald respondeu que Bolsonaro não entende ou a Constituição brasileira, ou o fato de não ser "juiz ou ditador".
O site vem publicando, desde o mês passado, mensagens trocadas entre procuradores da República e o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Segundo as reportagens, Moro orientou os procuradores, deixando de atuar com imparcialidade nos processos da Operação Lava Jato. A PF prendeu quatro suspeitos de invadirem os telefones dos procuradores e outras pessoas. Walter Delgatti Neto disse que enviou o conteúdo ao site de forma anônima e sem receber qualquer pagamento, algo de que Bolsonaro disse desconfiar. "No meu entender, isso teve transações pecuniárias. A intenção é sempre atingir a Lava Jato, o Sérgio Moro, a minha pessoa, tentar desqualificar, desgastar. Invasão de telefone é crime, ponto final. Não pode se escudar: 'Sou jornalista'. Jornalista tem de fazer seu trabalho. Preservar sigilo da fonte, tudo bem. Agora, uma origem criminosa, o cara vai preservar o crime, invadindo a República, desgastando o nome do Brasil lá fora, inclusive. Eu espero que a PF, não é fácil, mas chegue aos finalmentes desse crime praticado por essas pessoas", disse Bolsonaro, sem citar nominalmente Greenwald.
Os jornalistas do Intercept destacam o direito de manterem a fonte do material em sigilo. Eles defendem a publicação das mensagens que tenham interesse público. Pelo Twitter, Greenwald disse que Bolsonaro não entende a Constituição brasileira. "O presidente do Brasil, aparentemente com poucos problemas nacionais para resolver e pouco para fazer, deu outra entrevista nesta manhã (nesta segunda-feira) me atacando e sugerindo que sou culpado de crimes. Eu não acho que ele entenda a) a Constituição ou b) que ele não é juiz nem ditador", respondeu o jornalista, em inglês.
 
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