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Política

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 03:00

Série de invasões começou em celular de promotor que denunciou hacker em 2017

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e Davi Alcolumbre (DEM), estão na lista dos hackeados por alvos da Operação Spoofing, que prendeu quatro por invasões de celulares de autoridades.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e Davi Alcolumbre (DEM), estão na lista dos hackeados por alvos da Operação Spoofing, que prendeu quatro por invasões de celulares de autoridades.
A Polícia Federal estima, em uma análise preliminar nos celulares dos investigados, que são mais de mil vítimas. Somente Walter Delgatti Neto, conhecido como 'Vermelho', afirmou em depoimento que iniciou suas invasões por um promotor de sua cidade, Araraquara.
Marcel Zanin Bombardi foi responsável pela denúncia contra 'Vermelho', em 2017, por tráfico de drogas e falsificação de documentos públicos, na ocasião em que foi preso com remédios e uma carteirinha falsa da Medicina da USP.
A partir da invasão do celular do promotor de Justiça, o hacker diz que obteve contatos de procuradores, já que acessou um grupo do Ministério Público Federal. Ele cita que chegou a invadir os celulares de José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República a partir do grupo. Em junho, o Cavalcanti afirmou ter tido uma suposta conversa com um hacker que se passava por Marcelo Weitzel Rabello de Souza, membro do Conselho Nacional do Ministério Público.
Por meio de um procurador da República do qual não se lembra, ele ainda afirma que acessou o celular de Kim Kataguiri (DEM), deputado federal. Na agenda do parlamentar, 'Vermelho' cita que obteve acesso ao celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
'Vermelho' também diz ter invadido o celular do ex-procurador-geral Rodrigo Janot a partir da agenda do ministro.
Por meio do celular dele, também afirma ter invadido procuradores da Operação Lava Jato, como Deltan Dallagnol, Orlando Martello Júnior e Januário Paludo.
Em sua suposta rota até o alegado fornecimento ao site The Intercept Brasil, ele afirma ter invadido também os celulares dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Na agenda da petista, diz ter encontrado o número de Manuela d'Ávila, ex-deputada pelo PCdoB. Ele diz que a ex-parlamentar teria intermediado o contato com o editor do The Intercept Brasil Glenn Greenwald. Ela admite que recebeu o contato de um hacker e o repassou ao jornalista. Os nomes de vítimas de hackeamentos, no entanto, vão muito além do relatado por 'Vermelho'.
Entre os hackeados, estão ainda o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). O presidente Jair Bolsonaro também foi alvo do ataque hacker, segundo o Ministério da Justiça.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ter sido alvo de uma tentativa frustrada de hackeamento.
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