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Política

- Publicada em 25 de Julho de 2019 às 03:00

Sérgio Moro comemora ação da Polícia Federal

'Pessoas com antecedentes criminais', disse Moro sobre invasores

'Pessoas com antecedentes criminais', disse Moro sobre invasores


/EVARISTO SA/AFP/JC
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, associou a prisão, nesta terça-feira (23), das quatro pessoas suspeitas de hackear telefones de autoridades à divulgação, pelo site The Intercept Brasil, de mensagens que mostram interferência do ex-juiz da Lava Jato nas investigações da força-tarefa. Essa conexão, no entanto, não está citada na decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que autorizou as detenções. Tampouco há menção no pedido do Ministério Público que as fundamentou.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, associou a prisão, nesta terça-feira (23), das quatro pessoas suspeitas de hackear telefones de autoridades à divulgação, pelo site The Intercept Brasil, de mensagens que mostram interferência do ex-juiz da Lava Jato nas investigações da força-tarefa. Essa conexão, no entanto, não está citada na decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que autorizou as detenções. Tampouco há menção no pedido do Ministério Público que as fundamentou.
Quando as primeiras mensagens vieram à tona, em 9 de junho, o site The Intercept Brasil informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram a partir de 2014.
"Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF (Ministério Público Federal) e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime", escreveu Moro no Twitter nesta quarta-feira (24).  "Leio, na decisão do juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante", concluiu o ministro.
O jornalista Gleen Greenwald, um dos fundadores do The Intercept Brasil, disse após a manifestação do ministro: "Sérgio Moro - sendo Sérgio Moro - está tentando cinicamente explorar essas prisões para lançar dúvidas sobre a autenticidade do material jornalístico. Mas a evidência que refuta sua tática é muito grande para que isso funcione para qualquer pessoa".
O editor-executivo do Intercept Brasil, Leandro Demori, escreveu em rede social: "Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta (Moro). Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você".
Na operação da PF, foram presos nesta terça Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto.  "Há fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", diz o juiz.
O inquérito em curso foi aberto em Brasília para apurar, inicialmente, o ataque a aparelhos de Moro, do juiz federal Abel Gomes, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), do juiz federal no Rio de Janeiro Flávio Lucas e dos delegados da PF em São Paulo Rafael Fernandes e Flávio Reis.
Segundo investigadores, a apuração mostrou que o celular do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, também foi alvo do grupo.
 
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