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Política

- Publicada em 18 de Julho de 2019 às 03:00

Aliados querem mudar comissão para sabatinar Eduardo

Aliados do governo já discutem a possibilidade da troca de integrantes na Comissão de Relações Exteriores do Senado para tentar uma sabatina - e uma votação - menos hostil ao nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Escolhido pelo pai, presidente Jair Bolsonaro (PSL), para assumir a embaixada do Brasil em Washington, o parlamentar precisa do aval da maioria dos senadores para poder assumir a vaga.

Aliados do governo já discutem a possibilidade da troca de integrantes na Comissão de Relações Exteriores do Senado para tentar uma sabatina - e uma votação - menos hostil ao nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Escolhido pelo pai, presidente Jair Bolsonaro (PSL), para assumir a embaixada do Brasil em Washington, o parlamentar precisa do aval da maioria dos senadores para poder assumir a vaga.

Os governistas avaliam que, com a mudança de dois nomes, a indicação de Eduardo teria "boa margem" para passar na comissão. A primeira alteração seria tornar o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), irmão de Eduardo, titular do colegiado. Para isso, o PSDB teria de abrir mão de uma de suas vagas, hoje ocupadas pelos senadores Antonio Anastasia (MG) e Mara Gabrilli (SP). A senadora já disse ser contrária à nomeação, enquanto Anastasia tem evitado se posicionar. A votação na comissão é secreta. Interlocutores do governo já sondaram o líder do PSDB, Roberto Rocha (MA), sobre a possibilidade de troca. Uma opção seria Flávio substituir Mara no dia da votação da indicação na comissão, já que é seu suplente.

Dos atuais 17 titulares do colegiado, seis afirmaram ser contrários à indicação, sete se disseram favoráveis, três não quiseram comentar e apenas um não se manifestou. Outra estratégia dos aliados de Bolsonaro é ocupar a única cadeira vaga com um senador governista. Hoje, o bloco formado por MDB, PP e PRB indicou só quatro dos cinco assentos a que tem direito. O líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), é cotado para o posto. Uma alternativa seria a indicação de Mailza Gomes (PP-AC), que tem dado sinais de apoio público ao governo. "A indicação ainda não foi formalizada, mas, se for formalizada, o governo tem votos para aprovar tanto na comissão como no plenário", disse Bezerra.

O governo também quer um relator favorável à indicação. Um dos que já requisitaram a relatoria é o senador Chico Rodrigues (DEM-RR). O parlamentar é aliado de Bolsonaro e emprega em seu gabinete Leo Índio, primo dos filhos do presidente.

A indicação de embaixadores tem de passar pelo Senado, em duas etapas. Primeiro, há uma sabatina e uma votação na comissão. Aprovado ou rejeitado, o nome do indicado vai ao plenário do Senado, onde precisa de maioria simples.

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