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Política

- Publicada em 12 de Junho de 2019 às 03:00

Deputados repercutem conversas entre ex-juiz e procuradores

Era para ser uma sessão tranquila na Assembleia Legislativa, porque não havia nenhuma matéria polêmica em pauta. Mas o clima acabou esquentando quando alguns deputados subiram à tribuna para comentar a divulgação pelo site The Intercept Brasil das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e os procuradores da Operação Lava Jato. De um lado, parlamentares de direita defenderam a operação encabeçada pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. Os de esquerda enfatizaram as violações ao Código Processo Penal (CPP).

Era para ser uma sessão tranquila na Assembleia Legislativa, porque não havia nenhuma matéria polêmica em pauta. Mas o clima acabou esquentando quando alguns deputados subiram à tribuna para comentar a divulgação pelo site The Intercept Brasil das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e os procuradores da Operação Lava Jato. De um lado, parlamentares de direita defenderam a operação encabeçada pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. Os de esquerda enfatizaram as violações ao Código Processo Penal (CPP).

Segundo a reportagem, Moro sugeriu ao MPF trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou a realização de novas operações, deu conselhos e pistas, e antecipou ao menos uma decisão judicial.

Conforme o inciso IV do artigo 254 do CPP, "o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes (...) se tiver aconselhado qualquer das partes". Em outra mensagem, Deltan Dallagnol expressa sua insegurança quanto à qualidade das evidências contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no processo do triplex.

O primeiro a abordar o tema foi o Tenente Coronel Zucco (PSL) - ele insistiu que a Lava Jato é imparcial e, para justificar, lembrou que a operação indiciou e acusou políticos de vários partidos. "A operação começou em março de 2014, desvendou um esquema de corrupção de agentes públicos, empresários e políticos de diversos partidos", falou. E concluiu: "Seria uma incoerência, diante desses números, sustentar uma perseguição individual (ao ex-presidente Lula)". 

Ao citar um artigo do jurista Lenio Streck, Pepe Vargas (PT) classificou as conversas entre Moro e membros do MPF como "promíscuas e ilegais". "Alguém acha normal o juiz combinar a estratégia com a acusação? Nas conversas, são fartas as orientações do juiz Sérgio Moro aos promotores. E se ele tivesse orientado a defesa de algum dos acusados? Achariam normal isso também?" Para ele, diante da violação do CPP, o processo que culminou na prisão de Lula deveria ser anulado.

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