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Política

- Publicada em 23 de Maio de 2019 às 16:12

Oposição avalia que não é hora para pedir impeachment de Bolsonaro

Para o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, terreno aponta para mobilizações e ações conjuntas no Congresso

Para o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, terreno aponta para mobilizações e ações conjuntas no Congresso


Psol/Divulgação/JC
Agência Estado
Dirigentes dos cinco principais partidos de oposição - PT, PSB, PCdoB, PDT e PSOL - avaliaram que não é o momento de pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo eles, que se encontraram na quarta-feira (22), não existe motivo formal para o afastamento, apesar do desgaste sofrido pelo governo em apensas cinco meses de gestão.
Dirigentes dos cinco principais partidos de oposição - PT, PSB, PCdoB, PDT e PSOL - avaliaram que não é o momento de pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo eles, que se encontraram na quarta-feira (22), não existe motivo formal para o afastamento, apesar do desgaste sofrido pelo governo em apensas cinco meses de gestão.
"Não é hora de tomarmos nenhuma iniciativa neste sentido. O terreno é o da luta política com mobilizações e ações conjuntas no Congresso", disse o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. Nesta quinta-feira (23), o presidente afirmou que, "quem defende fechamento do STF e do Congresso Nacional, estaria na manifestação errada".
No PT, sobretudo, a ordem é para não repetir com o atual governo o "golpe" contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Em reunião de avaliação dos cenários políticos, na semana passada, dirigentes do PT chegaram a questionar se a possibilidade de o vice-presidente Hamilton Mourão assumir é melhor do que a permanência de Bolsonaro. De Curitiba, onde está preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que o partido intercale os ataques a Bolsonaro com propostas para a geração de empregos e recuperação da economia.
Os dirigentes que fazem parte do Fórum dos Partidos de Oposição decidiram também que vão acompanhar os desdobramentos da crise no governo e as manifestações de rua marcadas para os dias 26 (em favor de Bolsonaro) e 30 (contra os cortes do governo na educação) antes de decidirem os próximos passos. "A depender dos desdobramentos, a gente volta a se reunir", disse Juliano.
Além dele, participaram do encontro os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; PSB, Carlos Siqueira; PDT, Carlos Lupi e o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino. Nenhum deles chegou a colocar em pauta o pedido de impeachment de Bolsonaro, mas o assunto foi tratado em função da pressão feita pelas bases das legendas de centro-esquerda. Por meio das redes sociais, militantes têm cobrado uma postura mais incisiva dos partidos. Nas manifestações do dia 15 em defesa da educação, o grito "fora Bolsonaro" foi ouvido em diversas cidades.
Além da avaliação unânime de que não existe motivo para um pedido de impeachment do presidente, houve um entendimento comum dos caciques quanto à gravidade do momento político e a necessidade de ampliar a rede de oposição para entidades da sociedade civil. Uma série de encontros dos dirigentes será agendada com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entre outros.
Manifestações 'racham' direita
As manifestações do dia 26, convocadas por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, estão provocando um racha na grande frente de direita que apoia o presidente - o grupo reúne militares, liberais, evangélicos, "lavajatistas", antipetistas desgarrados e cidadãos comuns fartos da corrupção e da falta de segurança no País.
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