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Política

- Publicada em 21 de Maio de 2019 às 21:54

Indicações ao Banrisul são adiadas novamente

Líder do governo, Antunes tentará articular com deputados emedebistas

Líder do governo, Antunes tentará articular com deputados emedebistas


/GUERREIRO/AGÊNCIA ALRS/JC
Bruna Suptitz
Mais uma vez, nesta terça-feira, a própria base aliada ao governador Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa retirou o quórum da sessão, adiando em mais uma semana a votação dos indicados para a diretoria do Banrisul. Esta seria uma pauta fácil de vencer, por depender de maioria simples para passar e se comparada a outros temas polêmicos já encarados e vencidos pelo Executivo no Parlamento, como a prorrogação por dois anos da alíquota majorada do ICMS e a retirada da exigência de plebiscito para privatizar as estatais de energia.
Mais uma vez, nesta terça-feira, a própria base aliada ao governador Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa retirou o quórum da sessão, adiando em mais uma semana a votação dos indicados para a diretoria do Banrisul. Esta seria uma pauta fácil de vencer, por depender de maioria simples para passar e se comparada a outros temas polêmicos já encarados e vencidos pelo Executivo no Parlamento, como a prorrogação por dois anos da alíquota majorada do ICMS e a retirada da exigência de plebiscito para privatizar as estatais de energia.
Contudo, a informação extraoficial de que os diretores receberão um aumento na remuneração que pode passar de 100%, divide inclusive os aliados. Atualmente, o vencimento para o cargo de presidente é em torno de R$ 50 mil. Enquanto o governo não confirma, mas também não nega a informação, deputados questionam a coerência entre o discurso de austeridade de Leite e a anuência ao reajuste.
Por mais que a definição salarial dos integrantes da diretoria seja de competência do conselho administrativo do Banco - cabe à Assembleia apenas aprovar a indicação dos nomes feita pelo governador - o líder da bancada emedebista, deputado Fábio Branco, disse que ele e os colegas ainda têm dúvida sobre como se posicionar.
Embora o MDB tenha se reunido na manhã de ontem com o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP), Branco disse que o tema da diretoria do Banrisul não foi tratado e que não foi dada garantia de quórum para a votação ontem. Entretanto, essa era a expectativa do governo. O líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes (PP), disse que, "se há dúvidas, vamos buscar sanar e votar na próxima semana".
Embora outros partidos da base também tenham deixado de registrar presença, mesmo estando em plenário, o cenário de ontem carimba o MDB como fiel da balança do governo em temas difíceis.
No primeiro turno de apreciação da proposta de retirada do plebiscito, os oito deputados entraram em plenário com a sessão já em andamento - de acordo com um parlamentar, estavam reunidos com o integrantes do Piratini discutindo a participação do partido na gestão. Também é o MDB que cobrou diálogo prévio ao envio dos projetos de autorização para a alienação das estatais de energia (CEEE, Sulgás e CRM).
Na próxima terça-feira, a ordem do dia já iniciará em estágio avançado - a sessão ontem foi encerrada enquanto se encaminhava um requerimento do deputado Antunes, pedindo preferência para a votação do texto do Projeto de Decreto Legislativo nº 1/2019, da Comissão de Finanças e que já aprovou os nomes, e não da emenda substitutiva protocolada por Luciana Genro (PSOL) e Luiz Fernando Mainardi (PT), que sugere a votação do cargo de presidente em separado dos demais indicados para a diretoria.
Enquanto não são apreciadas e aprovadas as indicações de Cláudio Coutinho Mendes, para o cargo de presidente do banco, e de Osvaldo Lobo Pires, Raquel Santos Carneiro, Marcos Vinícius Feijó Staffen, Claise Muller Rauber e Fernando Postal para a diretoria, seguem nas funções os atuais membros, indicados pelo ex-governador José Ivo Sartori (MDB).
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