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Partidos

- Publicada em 05 de Maio de 2019 às 22:10

Deputado de 30 anos será o presidente do PSDB gaúcho

Para Wesp, este é o 'momento adequado para novos líderes assumirem'

Para Wesp, este é o 'momento adequado para novos líderes assumirem'


/MARIANA CARLESSO/JC
Em convenção estadual do PSDB, o deputado estadual Mateus Wesp foi escolhido como novo presidente do partido pelo próximo biênio. O evento no sábado, em Porto Alegre, elegeu o diretório em chapa de consenso, com 220 votos sim, três não e um branco. Destes foram definidos os nomes para compor a diretoria executiva.
Em convenção estadual do PSDB, o deputado estadual Mateus Wesp foi escolhido como novo presidente do partido pelo próximo biênio. O evento no sábado, em Porto Alegre, elegeu o diretório em chapa de consenso, com 220 votos sim, três não e um branco. Destes foram definidos os nomes para compor a diretoria executiva.
Em seu discurso, após a confirmação no posto, Wesp avaliou o resultado da eleição de 2018 como reflexo do interesse em renovação. Ele vê um cenário de descrédito dos partidos políticos e definiu este como "o momento adequado para novos líderes assumirem".
No fim do mês, Wesp e outros 19 representantes gaúchos participarão da convenção nacional do PSDB, em Brasília. Lá, o novo presidente irá apresentar pautas defendidas pelos correligionários gaúchos, como reformas institucionais, enxugamento da máquina pública e defesa do parlamentarismo como sistema de governo. O deputado vê na escolha de seu nome - com 30 anos de idade, representa a ala jovem do partido - o interesse do PSDB por renovação. "Na medida em que formos formando novos líderes, novas lideranças acabarão surgindo", projeta.
Deixou a presidência da sigla Valdir Bonatto, que assumiu o comando no lugar o governador Eduardo Leite, quando este se afastou para disputar a eleição do ano passado. Bonatto foi citado por Leite logo no início do discurso, que atribuiu a ele a campanha vitoriosa ao governo do Rio Grande do Sul. Para o governador, o momento é positivo para o PSDB.
Sobre o Estado, Leite resumiu em sua fala as dificuldades financeiras enfrentadas, da dívida com a União ao pagamento dos precatórios, citando que muitas das possibilidades de recursos, como o uso de depósitos judiciais, foram esgotadas por governos anteriores - apenas Yeda Crusius, do seu partido, foi poupada das críticas.
Seguiu a isso um discurso em defesa de reformas - a da Previdência, segundo Leite, é necessária não só no plano federal, mas também no Rio Grande do Sul, cujo déficit atual é de R$ 12 bilhões. O tema também surgiu na fala de outras lideranças. O deputado federal Lucas Redecker enfatizou que "o PSDB é reformista. Quem é contra a reforma da Previdência, me desculpe, está no partido errado".
Nelson Marchezan Júnior, prefeito de Porto Alegre, também citou as mudanças no sistema previdenciário.
O evento também contou com a participação da ex-governadora Yeda Crusius, de deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos da sigla, como Paula Mascarenhas, de Pelotas; Jorge Pozzobon, de Santa Maria; e Fatima Daudt, de Novo Hamburgo. Representantes de partidos aliados também estiveram na convenção, como José Stédile (PSB), Celso Bernardi e Frederico Antunes, ambos do PP, Luís Roberto Ponte (MDB), e Wambert Di Lorenzo (Pros).

Eleições municipais não podem interferir no Estado, diz Leite

Projetando as eleições municipais do próximo ano, o governador Eduardo Leite (PSDB) reconheceu, em seu discurso, que as disputas locais são legítimas para que os partidos exerçam protagonismo em suas cidades. Ele ponderou: "o processo político não pode significar para nós, em uma agenda de Estado, prejuízo à composição política".
O governador se referia à base que formou na Assembleia Legislativa, composta por 13 dos 17 partidos lá representados, e agradeceu aos deputados estaduais "que nos garantiram importantes vitórias nas pautas que lá tramitam". Essa formatação garantiu a aprovação com folga, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição que autoriza a venda de estatais do setor de energia sem passar por consulta plebiscitária. Amanhã (terça-feira) a matéria deverá ser apreciada em segundo turno.
"Sem apoio na Assembleia, a agenda não prospera. É importante fazer política conciliando, convergindo com outros partidos", completou.