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Política

- Publicada em 30 de Abril de 2019 às 03:00

Polícia Federal faz buscas em sede do PSL em Minas Gerais

Assessores de Álvaro Antônio são suspeitos de desvio de recursos

Assessores de Álvaro Antônio são suspeitos de desvio de recursos


/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira, a Operação Sufrágio Ostentação para investigar a suspeita de que o PSL em Minas Gerais tenha utilizado candidaturas laranja para desviar recursos direcionados a campanhas eleitorais femininas nas eleições de outubro do ano passado. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco cidades, um deles na sede do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Belo Horizonte e os outros em gráficas que teriam sido contratadas para as campanhas. Também foram apreendidos documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira, a Operação Sufrágio Ostentação para investigar a suspeita de que o PSL em Minas Gerais tenha utilizado candidaturas laranja para desviar recursos direcionados a campanhas eleitorais femininas nas eleições de outubro do ano passado. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco cidades, um deles na sede do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Belo Horizonte e os outros em gráficas que teriam sido contratadas para as campanhas. Também foram apreendidos documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.
A PF informou que foram ouvidas até agora entre 30 e 40 pessoas, incluindo candidatas do partido. O depoimento de quatro delas teria indicado o falseamento de campanhas. Segundo o delegado Marinho Rezende, que responde pela operação, o principal crime investigado até o momento é de falsidade ideológica. As buscas revelaram que uma das gráficas indicadas na prestação de conta sequer estava em funcionando em um local físico nos últimos dois anos.
"É possível que as gráficas não tenham feito o serviço ou tenham feito para outro candidato, de modo a burlar a aplicação dos 30% dos valores nas campanhas femininas. Pelo que verificamos, o dinheiro pode ter sido convertido para outras candidaturas ou mesmo em benefício de terceiros. É o que a investigação vai indicar", disse Rezende.
As denúncias sobre candidaturas laranja do PSL envolvem o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, presidente do partido no estado até 2018. Embora não seja alvo desta ação, ele é investigado pelo Ministério Público em Minas Gerais e pela PF por ter supostamente ter patrocinado com dinheiro dos fundos partidário e eleitoral as candidaturas de fachada. Álvaro Antônio está na corda bamba desde que veio à tona, em fevereiro, a suspeita de participação de seus assessores no esquema de desvio de recursos.
No início de março, um caso revelado pela Folha de S.Paulo foi protocolado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas. Segundo a candidata Zuleide Oliveira (PSL), o ministro Marcelo Álvaro Antônio teria conversado com ela em seu gabinete em Belo Horizonte e teria garantido que o partido cuidaria de toda a documentação para a candidatura dela, sendo necessário apenas que ela assinasse documentos. Posteriormente, os recursos destinados a ela teriam sido desviados pelo PSL.
Ainda naquele mês, outra candidata do PSL ao cargo de deputada federal afirmou que um assessor do ministro condicionou um repasse de R$ 100 mil do fundo partidário da legenda para a campanha dela à devolução de R$ 90 mil ao partido. Adriana Borges contou que a garantia de retorno dos valores deveria ser dada por meio de nove cheques com valores em branco.
Em abril, a deputada federal Alê Silva (PSL-MG) acusou Marcelo Álvaro Antônio de ameaçá-la de morte em duas ocasiões, com transmissão do recado sobre a ameaça por parte de políticos do PSL. A deputada disse que o ministro comunicou por via indireta sentir "ódio mortal" por ela e afirmou já ter sido xingada por Álvaro Antônio em ligação feita de madrugada. Segundo Alê, o ministro "usa" o presidente Jair Bolsonaro, que resiste em demiti-lo do cargo. Álvaro Antônio nega a acusação.
Em uma audiência do Senado no início do mês, o ministro garantiu a parlamentares "sempre ter agido dentro da legislação".
 
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