O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse neste domingo que o seu partido deve esperar a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a acusação de ameaça de morte à deputada Alê Silva (PSL-MG) para tomar qualquer providência. A parlamentar afirmou no sábado que o colega do PSL e ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, fez ameaças contra sua vida em duas ocasiões, com transmissão de recados por políticos.
Waldir ressaltou que a competência para avaliar o caso na legenda deve ser do presidente nacional, Luciano Bivar, mas defendeu uma investigação para evitar qualquer tipo de julgamento indevido. O ministro, também eleito deputado federal, está no centro do escândalo de "candidatos-laranja" do PSL.
"Temos uma situação em que nós temos que verificar quem tem a verdade. E isso vamos ver na apuração dos fatos. Não é o PSL que tem de fazer. Houve um problema que começou no diretório de Minas e não foi resolvido nada por lá. Agora, cabe à Polícia Federal apurar. Aí, depois da investigação, alguma coisa pode ser feita. Não queremos prejulgar", diz Waldir.
Alê fez a acusação em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. A deputada reiterou a denúncia, disse que o ministro comunicou por via indireta sentir "ódio mortal" por ela e afirmou já ter sido xingada por Álvaro em ligação feita na madrugada. Segundo Alê, o ministro "usa" o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que resiste em demiti-lo do cargo.
Segundo Alê, a ameaça seria uma reação às acusações relacionadas a um suposto esquema de candidaturas-laranja de mulheres pelo PSL. A deputada reuniu informações sobre o caso e entregou a uma associação de sua região, para que fossem repassadas ao Ministério Público. Álvaro Antônio nega as acusações.