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Política

- Publicada em 09 de Abril de 2019 às 12:52

Bolsonaro anuncia majoração do FPM na Marcha a Brasília

Presidente foi recebido sem grandes manifestações de apoio ou repúdio do público

Presidente foi recebido sem grandes manifestações de apoio ou repúdio do público


CNM/DIVULGAÇÃO/JC
Bruna Suptitz
Em discurso de nove minutos na manhã desta terça-feira (9), na Marcha a Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu atender ao pedido dos prefeitos de majorar em 1% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – recurso repassado pela União aos municípios. O tema tramita no Congresso Nacional com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
Em discurso de nove minutos na manhã desta terça-feira (9), na Marcha a Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu atender ao pedido dos prefeitos de majorar em 1% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – recurso repassado pela União aos municípios. O tema tramita no Congresso Nacional com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
"Queremos dividir o pouco que temos com vocês. Conversei com o (ministro da Economia) Paulo Guedes, (que) deu sinal verde. Vamos apoiar na conjugação do Fundo de Participação dos Municípios com a emenda constitucional. Aqui não existe presidente da república, governador ou prefeito. Somos todos iguais na busca de um mesmo objetivo que é o bem-estar da população brasileira”, declarou, próximo ao fim do seu discurso.
Este foi o único ponto reivindicado pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, respondido por Bolsonaro. Vaiado na marcha anterior, enquanto ainda pré-candidato à presidência, por não responder aos questionamentos sobre políticas públicas, neste ano Bolsonaro foi recebido sem grandes manifestações de apoio ou repúdio do público – o único momento de burburinho da plateia precedeu sua entrada no palco, que aconteceu mais de 10 minutos depois de anunciado pelo cerimonial.
"Gostaríamos de não ter que fazer a reforma da previdência, mas somos obrigados a fazê-la", declarou, no começo do discurso. Na sequência, citou suas viagens internacionais aos Estados Unidos, Chile e Israel e disse que esses países “aguardam sinalização" que do país quer equilibrar as contas.
Essa foi a única referência que fez à proposta que está agora na Câmara dos Deputados. O presidente da República encerrou a mesa de abertura oficial do evento – sendo precedido por Aroldi e pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Acompanharam a comitiva presidencial 12 ministros de Estado.
Coube a Maia pedir diretamente apoio ao texto da previdência. “Vim aqui hoje pedir a cada um de vocês apoio. A reforma da previdência não é para o governo federal, estadual ou para cada um dos municípios. É para que possamos mudar a curva de recessão que o Brasil vive nos últimos anos e que prejudica diretamente o caixa dos municípios e, assim, a vida de milhões de brasileiros”, apelou. Maia lembrou que os prefeitos influenciam os parlamentares.
A formalização de apoio à reforma da previdência deve acontecer na quinta-feira, dia do encerramento da marcha, após assembleia dos prefeitos. “Espero que seja favorável”, ponderou Aroldi em sua fala. “Individualmente alguns podem ser contrários à matéria. Mas, se como gestores, quisermos terminar o mandato com um pouco mais de tranquilidade e equilíbrio, essas mudanças são necessárias”, declarou, com respaldo do público.

Presidente fala em 'explorar racionalmente a Amazônia'

Em sua breve fala a gestores municipais na Marcha a Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que quer “explorar racionalmente a Amazônia”. Sem dizer como se daria nem quando uma proposta com esse teor seria encaminhada para apreciação do Congresso Nacional, citou a medida como uma de suas ideias para “resgatar o futuro do Brasil”.
A fala seguiu a comparação do desenvolvimento de países como Japão, Coréia do Sul e Israel ao Brasil. “Como pode pequenos países, que perto de nós nada tem no tocante a riquezas minerais, biodiversidade, água potável, ter IDH (índice de desenvolvimento humano) e renda per capita maior que a nossa, sendo que temos tudo nessa terra?”.
Bolsonaro anunciou que fará viagens à China, à comunidade Árabe e de volta aos Estados Unidos. Na sequência, sem informar se a referência a esses países tem relação com o propósito de exploração, anunciou essa intenção.
“Eu quero, se depender de mim, mas passa pelo parlamento, explorar racionalmente a nossa Amazônia. Se qualquer um desses países de primeiro mundo tivessem 10% da riqueza que tem a Amazônia, não se perguntariam qual o futuro dos seus povos: estaria garantido”, declarou.
Antecipando possíveis questionamentos sobre a população indígena que vive na região, afirmou que “queremos o índio do nosso lado. O índio quer ser o nosso irmão, é o nosso irmão. Não podemos criar óbices, impedimentos, barreiras entre nós”. Para Bolsonaro, “ninguém será superior a nós no mundo se nos unirmos nesse projeto”.
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