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Política

- Publicada em 13 de Março de 2019 às 01:00

Delegado responsável por caso Marielle deixa função

Principal responsável pelas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o delegado Giniton Lages não participará da segunda etapa da apuração do crime - que teria como objetivo principal determinar os mandantes da execução e as razões.
Principal responsável pelas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o delegado Giniton Lages não participará da segunda etapa da apuração do crime - que teria como objetivo principal determinar os mandantes da execução e as razões.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), informou no início da tarde desta quarta-feira, que Lages está deixando a função para fazer um intercâmbio de quatro meses na Itália. "Ele não está sendo exonerado", frisou o governador, rebatendo rumores que estavam circulando desde o início da manhã. "Também não está sendo afastado de nada; ele encerrou uma fase da investigação e, agora, outra autoridade vai assumir o caso para, eventualmente, determinar o mandante."
O governador explicou ainda que o convite para o intercâmbio foi feito ao delegado na última terça-feira, mesmo dia em que foram anunciados o encerramento da primeira fase da investigação do caso Marielle e as prisões do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Queiroz, acusados, respectivamente, de efetuar os disparos e conduzir o veículo no dia do crime.
Segundo Witzel, a substituição de Lages não trará prejuízos à investigação. 
Ao longo da investigação, Giniton Lages foi acusado de pressionar suspeitos para confessarem sua participação no assassinato da vereadora. Foi por causa dessa acusação, inclusive, que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou, em novembro passado, que a Polícia Federal (PF) apurasse se havia alguma interferência de autoridades policiais na apuração do crime, instituindo o que se chamou de "a investigação da investigação".
A acusação partiu do ex-PM Orlando de Curicica, que está preso no Rio Grande do Norte, e que foi apontado por uma testemunha-chave de ter sido o responsável - junto com o vereador Marcelo Siciliano - pelo crime. Essa testemunha, um ex-braço direito de Curicica, contou que teria presenciado uma conversa entre o chefe e o vereador, tratando da morte de Marielle Franco. Na terça-feira, Lages afirmou que a tal testemunha-chave teria voltado atrás em seu depoimento e admitido que teria feito as acusações para se livrar de uma suposta perseguição do ex-chefe.
 
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