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Política

- Publicada em 13 de Março de 2019 às 01:00

Investigação sobre ministro do Turismo não pode 'sangrar' governo, diz Bolsonaro

Em café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro prometeu decisão sobre Álvaro Antônio

Em café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro prometeu decisão sobre Álvaro Antônio


/MARCOS CORRÊA/PR/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quarta-feira, agilidade na investigação sobre o envolvimento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), com esquema de candidaturas laranjas do PSL nas últimas eleições. Nas palavras do presidente, não pode haver "uma investigação morosa, para não deixar sangrar o governo". "Lógico que há desgaste", disse Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quarta-feira, agilidade na investigação sobre o envolvimento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), com esquema de candidaturas laranjas do PSL nas últimas eleições. Nas palavras do presidente, não pode haver "uma investigação morosa, para não deixar sangrar o governo". "Lógico que há desgaste", disse Bolsonaro.

Álvaro Antônio tem ligações com candidaturas de mulheres usadas como laranjas para desviar dinheiro público eleitoral. Pelo menos quatro candidatas devolveram recursos de campanha para empresas de assessores ligados ao ministro e outras três denunciaram o esquema, conforme revelou o jornal, sendo que uma implica diretamente o titular do Turismo. O ministro nega irregularidades.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público em Minas Gerais abriram investigação após as informações noticiadas.

Bolsonaro afirmou que, se as informações divulgadas até agora forem confirmadas pela polícia, o ministro do Turismo será chamado para que uma decisão seja tomada. "Podem ter certeza de que uma decisão será tomada, lamento", disse. O relato é do jornal Folha de S.Paulo.

Durante sua fala, o presidente foi interrompido pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Segundo o general, o ministro do Turismo levou a ele na noite de terça-feira uma defesa "consistente" em relação ao caso. Bolsonaro afirmou que não sabia disso até então.

As declarações do presidente foram dadas em um café da manhã com jornalistas. No encontro, Bolsonaro também admitiu, pela primeira vez, ter vetado o nome da especialista em segurança pública Ilona Szabó de Carvalho para ser membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. "Dei carta branca para os ministros, mas tenho poder de veto, isso foi acertado", disse Bolsonaro. Segundo ele, Ilona "não somaria nada" ao governo.

O presidente disse que Moro tentou convencê-lo da necessidade de ter um outro lado, alguém que discordasse de suas posições. "Ela só concorda com quem tem opinião dela", justificou o presidente. O episódio causou desconforto a Moro, nomeado ministro com o compromisso de carta branca do presidente.

Participaram do encontro jornalistas da Folha, TV Globo, TV Bandeirantes, Rede TV, SBT, TV Record, Poder 360, O Estado de S. Paulo, Correio Brasiliense, Istoé, e Crítica Nacional.

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