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Política

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Bolsonaro inflou declaração de bens em campanha

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) inflou sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2018 com um micro-ônibus que havia sido vendido no ano anterior para um ex-assessor dele e do filho Flávio, hoje senador.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) inflou sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2018 com um micro-ônibus que havia sido vendido no ano anterior para um ex-assessor dele e do filho Flávio, hoje senador.
O veículo, declarado em agosto do ano passado como patrimônio de Bolsonaro, está desde fevereiro de 2017 em nome do ex-soldado da brigada de Infantaria Paraquedista Jaci dos Santos, que trabalhou, anos atrás, como motorista da família do presidente. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Esse micro-ônibus, uma Mercedes Benz Sprinter 313, ano 2004, foi avaliado por Bolsonaro em R$ 89 mil e aparece em suas declarações de patrimônio desde 2006. Jaci diz ter pago R$ 10 mil pelo veículo, em algumas prestações. À época da compra, ele era funcionário do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio de Janeiro, com salário líquido de R$ 2.571,94.
Segundo o artigo 350 do Código Eleitoral, a prestação de informação irregular à Justiça Eleitoral pode ser caracterizada como crime de falsidade ideológica. Seu autor fica passível a até cinco anos de reclusão, além de multas, desde que comprovada a intenção do candidato de burlar a lei.
Segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem, a inclusão extra de bens na lista encaminhada ao TSE poderia servir para inflar o patrimônio para, depois, mascarar uma futura evolução.
Procurada desde o início desta semana e informada sobre o teor da reportagem, a presidência da República não quis se manifestar. "O Planalto não irá comentar", afirmou a assessoria de Bolsonaro.
A declaração de Bolsonaro inclui, ainda, um micro-ônibus Mercedes Benz Sprinter 415, ano 2014, avaliado em R$ 141 mil. De cor cinza, é guardado em sua casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Atualmente, o micro-ônibus fica estacionado diante de uma casa de cimento à vista, na comunidade de Jardim Novo, em Realengo, uma região dividida entre milicianos e traficantes da facção ADA (Amigos dos Amigos).
Jaci, espécie de faz-tudo da família e o novo proprietário da van, trabalhou no gabinete de Flávio de março de 2012 a dezembro de 2016.
 
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