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Política

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Audiência deve preceder votação que muda carreira

Decisão da Mesa Diretora foi anunciada em reunião com presença do Simpa

Decisão da Mesa Diretora foi anunciada em reunião com presença do Simpa


ELSON SEMPÉ PEDROSO/CMPA/JC
Diego Nuñez
A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mônica Leal (PP), decidiu acatar a decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e cancelou a sessão extraordinária que se realizaria na tarde de quinta-feira e apreciaria o projeto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) que pretende alterar o plano de carreira dos servidores. Assim, a proposta só irá para plenário, conforme a decisão judicial, após a realização de uma audiência pública para debater a proposta, marcada para o dia 21 de março, às 19h.
A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mônica Leal (PP), decidiu acatar a decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e cancelou a sessão extraordinária que se realizaria na tarde de quinta-feira e apreciaria o projeto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) que pretende alterar o plano de carreira dos servidores. Assim, a proposta só irá para plenário, conforme a decisão judicial, após a realização de uma audiência pública para debater a proposta, marcada para o dia 21 de março, às 19h.
A juíza Cristina Luísa Marchesan da Silva, que concedeu a liminar ao Sindicato dos Municipários de porto Alegre (Simpa), considerou “contraditória” a decisão anterior da Mesa Diretora de acatar uma audiência pública, mas continuar com a tramitação do projeto.
Após a decisão judicial e o pronunciamento da presidência do Legislativo de que acataria a decisão, o Simpa se reuniu em assembleia geral e decidiu pelo fim da paralisação, mas informou que continua em estado de greve.
O diretor-geral do sindicato, Alberto Terres, considerou a suspensão da tramitação do Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE) nº 2/19 uma “grande vitória da categoria, mas que se deu não pela via democrática, pois não houve diálogo com o governo, e sim pela via judicial”. Agora, “temos esse tempo para continuar conversando com os vereadores e explicar para eles o quão patológico é o projeto”.
A base de Marchezan apostava em uma desarticulação dos municipários, visto que boa parte da categoria, como os professores da rede pública municipal, ainda está em férias. Para o vice-líder do governo e único tucano no Legislativo, Moisés Barboza, a decisão representa “mais uma interferência de um poder sobre o outro, para aumentar o palquinho, o circo eleitoreiro e partidário” que é como define a mobilização do Simpa.
Mesmo sendo uma “clara interferência” do poder Judiciário no Legislativo da Capital, “vamos cumprir a decisão”, prosseguiu Barboza. Para ele, “os 36 vereadores têm capacidade mental de analisar um projeto e decidir” e “é cruel eles continuarem mentindo que os atuais servidores vão perder parte do seu salário”.
O projeto não altera a remuneração atual dos servidores. Ele muda a forma como o salário dos municipários progride com o tempo. Um claro exemplo disso é a extinção dos adicionais por tempo de serviço: na regra atual, cada servidor que complete 15, 25 e 35 anos na administração pública tem direito, respectivamente, a 15% de aumento, depois mais 10% e por último mais 10%, totalizando 35%.
Os servidores não receberão esses adicionais. Aqueles que já o conquistaram, manterão sua remuneração. Para os servidores ativos, há uma regra de transição: aquele que trabalhou por 11 anos, por exemplo, receberá 11% de aumento quando completar 15 anos.
O projeto também transforma as gratificações trienais e quinquenais. Hoje, o servidor ganha um acréscimo de 5% no salário a cada três anos. A proposta é de que receba 3% a cada cinco anos. O texto também altera a remuneração de Funções Gratificadas (FGs).
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