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Política

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Ex-governador Sérgio Cabral admite ter recebido propina

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (MDB) disse que o dinheiro de propina que os doleiros Renato e Marcelo Chebar disseram ter lavado era realmente seu. "Participei da propina, sim. O dinheiro dos irmãos Chebar era meu dinheiro, sim", afirmou, em depoimento na tarde desta terça-feira, ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (MDB) disse que o dinheiro de propina que os doleiros Renato e Marcelo Chebar disseram ter lavado era realmente seu. "Participei da propina, sim. O dinheiro dos irmãos Chebar era meu dinheiro, sim", afirmou, em depoimento na tarde desta terça-feira, ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.
Cabral declarou também que também são verdadeiras "99%" das declarações feitas à Justiça por Carlos Miranda, apontado como seu "homem da mala". Miranda revelou que fez várias operações de recebimento e distribuição de propina, em dinheiro vivo, por ordem do então governador.
O emedebista afirmou que o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB), preso no fim do ano passado, também recebeu propina quando era seu vice-governador e como seu secretário de Obras. "Ele trouxe com ele o Hudson Braga, que era 'braço direito' dele. E sim, também existia a taxa de oxigênio", confessou em depoimento à 7ª Vara Federal Criminal ontem.
Segundo Cabral, houve um esquema de propina na primeira fase das obras no Maracanã, para os Jogos Pan-Americanos, quando o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) era seu secretário de Esportes e Lazer. Cabral não disse se Paes recebeu propina, mas afirmou que arrecadou dinheiro para a campanha do ex-prefeito do Rio, por meio de caixa-2. "Arthur Soares (conhecido como Rei Arthur, empresário e prestador de serviços para o Estado) deu, à campanha do Paes, de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões e depois reclamou muito porque os serviços não foram dados a ele. Ele colaborou com a campanha e esperava receber contratos. Depois acabou ganhando (a obra) do Centro de Operações do Rio", disse.
Cabral disse que também fez questão que o ex-secretário de Paes e atual deputado federal Pedro Paulo (MDB) estivesse junto dele nessas negociações de caixa-2. O ex-governador, porém, isentou de responsabilidade sua mulher, Adriana Ancelmo, por negociações criminosas feitas por meio do escritório de advocacia dela.
 
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