Após se tornar réu em uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por irregularidades durante a campanha eleitoral de 2018, o deputado federal gaúcho Nereu Crispim (PSL) emitiu uma nota sobre o caso em sua conta na rede social Facebook. A Justiça Eleitoral suspeita de que Crispim se elegeu fazendo uso de caixa-2.
A ação que deu origem ao processo contra o parlamentar foi protocolada no início do ano pelo segundo suplente de deputado federal, Marco Marchand (PSL). Para agravar a situação de Crispim, o sargento Julio Cesar Doze (PSL) - que concorreu a deputado estadual, mas não se elegeu - afirma ter recebido dinheiro do deputado federal em contas de laranjas. Doze, que formou uma dobradinha com Crispim durante a campanha, sustenta que tem um documento reconhecido em cartório, comprovando suas denúncias contra o correligionário.
Em nota, Crispim critica Marchand: "Lamentavelmente, estou sendo vítima de uma atitude desonesta e desleal de um colega do meu próprio partido que ficou como suplente e deseja tomar meu mandato sob qualquer custo".
Quanto às acusações feitas por Doze, o deputado federal sustenta que "ele assinou (o documento em cartório) sob coação psicológica de um grupo de marginais travestidos na figura de políticos. O próprio Sargento Doze procurou a executiva estadual do partido para comunicar o ocorrido e manifestar a preocupação quanto à sua segurança. Inclusive, tenho documentos que provam que não fiz doação de campanha e serão devidamente usados em minha defesa".