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Política

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2019 às 15:48

Paulo Guedes espera aprovação da reforma da Previdência até junho

Ministro disse que tem recebido os apoios necessários para as reformas que pretende implementar

Ministro disse que tem recebido os apoios necessários para as reformas que pretende implementar


EVARISTO SA / AFP/JC
Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou nesta sexta-feira (22) otimismo de que a reforma da Previdência seja aprovada pelo Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano. A declaração foi dada após a cerimônia de posse da nova presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Suzana Ribeiro Guerra.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou nesta sexta-feira (22) otimismo de que a reforma da Previdência seja aprovada pelo Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano. A declaração foi dada após a cerimônia de posse da nova presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Suzana Ribeiro Guerra.
Guedes lembrou que a Previdência é o maior gasto do governo e precisa ser equacionada. "A reforma da Previdência é o primeiro ataque potente a esse desajuste fiscal, porque realmente é a primeira grande rubrica de despesas públicas. Nosso déficit na Previdência está indo de R$ 340 bilhões no ano passado para R$ 370 bilhões este ano. As despesas com Previdência estão em R$ 700 bilhões".
O ministro disse que tem recebido os apoios necessários para as reformas que pretende implementar no país. "O presidente da Câmara dos Deputados [Rodrigo Maia] tem apoiado as reformas, o presidente do Senado [Davi Alcolumbre] tem dito que vai apoiar as reformas. O Judiciário reconhece a necessidade das reformas. Eu tenho conversado aqui e ali, e tenho sentido ventos de reformas. O Brasil precisa ajustar, nós tivemos quatro décadas de descontrole dos gastos públicos. O que aconteceu foi que casas como esta [IBGE], de excelência, estão se atrofiando ao longo do tempo e gastos completamente sem sentido social se expandiram ao longo do tempo".
Ele citou como gastos sem sentido o pagamento de juros da dívida pública e os subsídios para grandes empresas. "Só com rolagem da dívida são 100 bilhões de dólares por ano, quase R$ 400 bilhões por ano, isso é o dinheiro de reconstruir uma Europa no pós-guerra. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano sem sair de uma situação dramática. O governo acabou gastando muito e gastando mal. Os economistas acabaram fazendo besteira, os políticos também, e nós nos desviamos de uma transição incompleta".
Guedes disse que não deixará de investir em políticas sociais de transferência de renda - "uma bandeira da fraternidade brasileira" -, e não uma política de esquerda ou de direita. "Qualquer bom economista sabe que as transferências de renda para a educação, para a saúde, são absolutamente essenciais para o bom funcionamento do regime democrático. Isso significa progresso, dois olhares interessantes convergindo para uma coisa boa, isso é uma democracia".
O ministro disse que considera o Brasil uma democracia vibrante, com sua diversidade que promoveu a eleição de uma corrente de pensamento diferente "depois de 30 anos do lado só da social-democracia". "A riqueza de uma sociedade está também nos diferentes pontos de vista".
Guedes destacou também que os poderes são independentes e a imprensa é livre, além de a comunicação estar se modificando rapidamente, a exemplo da campanha "de menos de um milhão de dólares" que elegeu um presidente usando fortemente as redes sociais. "Ninguém controla a opinião pública. A opinião pública está solta, é nossa. Às vezes fica para um lado e às vezes fica para o outro".
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