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Partidos

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Ministro do Turismo quer apuração sobre PSL no STF

Antônio teria repassado verba a candidatas que não fizeram campanha

Antônio teria repassado verba a candidatas que não fizeram campanha


/MARCOS CORRÊA/PR/JC
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), recorreu ao foro especial e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a investigação sobre candidatas laranjas do PSL aberta em Minas Gerais passe a tramitar na corte. A defesa de Álvaro Antônio quer que, até que o STF decida sobre a prerrogativa de foro, a apuração do Ministério Público (MP) em Minas Gerais seja suspensa.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), recorreu ao foro especial e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a investigação sobre candidatas laranjas do PSL aberta em Minas Gerais passe a tramitar na corte. A defesa de Álvaro Antônio quer que, até que o STF decida sobre a prerrogativa de foro, a apuração do Ministério Público (MP) em Minas Gerais seja suspensa.
Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o ministro do Turismo, deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas de laranjas, todas abastecidas com verba pública do PSL. Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas e tinha o poder de decidir quais candidaturas seriam lançadas. As quatro candidatas receberam R$ 279 mil da verba pública de campanha da legenda, ficando entre as 20 candidatas que mais receberam dinheiro do partido no País inteiro. Desse montante, pelo menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Jair Bolsonaro (PSL). Não há sinais de que essas candidatas tenham feito campanha efetiva durante a eleição. Ao final, juntas, somaram apenas cerca de 2 mil votos.
Agora, a defesa do ministro do Turismo afirmou ao Supremo que, conforme o novo entendimento do STF sobre a prerrogativa de foro, o caso dele deve subir para o tribunal. No ano passado, o Supremo definiu que o foro se restringe a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele.

Onyx Lorenzoni nega demissão; presidente 'vai analisar'

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), negou que o governo pensasse em demitir o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). "Do ponto de vista da questão que envolve o hoje ministro Marcelo Álvaro Antônio, trata-se de uma questão de financiamento da campanha em Minas Gerais, que está sendo apurado, a Polícia Federal está ouvindo, e o governo observa, o presidente observa. Mas essa história (de possível demissão), por enquanto, não passa de boataria", disse Onyx à rádio. Ele afirmou que, se fosse comprovada responsabilidade direta do ministro do Turismo no caso das candidaturas laranjas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) poderia decidir sobre a permanência ou a saída dele. "Tem que se dar o tempo também para que os esclarecimentos todos venham a público, aconteçam, aí, claro, se houver alguma coisa de gravidade, de responsabilidade direta do ministro, o presidente vai analisar e tomar a decisão", explicou Onyx.
A possibilidade de demissão de Álvaro Antônio começou a ser levantada desde a crise que levou à demissão do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno (PSL).