O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou por volta das 14h30min desta quarta-feira a Brasília, onde foi recebido pelo vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB). Bolsonaro recebeu alta e deixou o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no início da tarde de ontem, depois de 17 dias de internação para retirar a bolsa de colostomia que usava desde setembro e fazer o religamento do sistema intestinal.
O presidente seguiu em um comboio de carros, vans e motocicletas até o Aeroporto de Congonhas, onde embarcou para a capital federal. Por meio de suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que "finalmente deixou em definitivo o risco de morte".
"Foram três cirurgias e mais de um mês no hospital (...). Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após tentativa de assassinato de ex-integrante do PSOL. Só tenho a agradecer a Deus e a todos por, finalmente, poder voltar a trabalhar em plena normalidade", afirmou o presidente no Twitter.
Minutos após a alta, a equipe médica divulgou um boletim com um histórico da internação. Segundo os médicos, o quadro pulmonar de Bolsonaro está "normalizado" e a função intestinal foi "restabelecida". Na semana passada, o presidente foi diagnosticado com pneumonia, o que atrasou sua alta.
"Recebeu alta nesta manhã (manhã de quarta-feira) com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral", finaliza o boletim assinado por Antônio Luiz Macedo, cirurgião e médico gastroenterologista.
Segundo o porta-voz do governo, Bolsonaro seguiria para o Palácio do Alvorada. Não havia previsão de compromissos oficiais para a tarde de ontem. A orientação médica é que o presidente permaneça em repouso e faça uma autoavaliação sobre a possibilidade de receber ministros para reuniões de trabalho.
O retorno ao trabalho deverá ocorrer aos poucos. Bolsonaro terá que evitar viagens longas e deverá manter uma dieta controlada pelos próximos dias. Em Brasília, o presidente deve retomar as atividades, e há uma previsão de encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sexta-feira.
Bolsonaro estava internado desde o dia 27 de janeiro. A permanência dele no hospital foi mais longa que as expectativas iniciais por causa do tratamento com antibióticos para a pneumonia bacteriana. Foi a terceira cirurgia desde que o presidente levou uma facada durante atividade de campanha eleitoral, em 6 de setembro.
Durante a internação, Bolsonaro teve náuseas e vômito, e teve de usar uma sonda nasogástrica. O presidente teve febre duas vezes e foi tratado com antibióticos. No dia 6, foi identificada uma pneumonia, que, possivelmente, ocorreu por aspiração do suco gástrico, de acordo com boletim médico. Bolsonaro teve alta uma semana depois do prazo previsto inicialmente.