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Política

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Novas legendas ganham poder no Senado Federal

Lasier deixou o PSD e foi para o Podemos, convidado por Alvaro Dias

Lasier deixou o PSD e foi para o Podemos, convidado por Alvaro Dias


/JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Mesmo após uma eleição marcada pelo discurso de novas práticas políticas, 12 senadores já trocaram de partidos desde outubro do ano passado até este mês fevereiro, quando se iniciou a nova legislatura no Senado. O troca-troca acabou por mudar a dinâmica de forças nas bancadas da casa, diminuindo a importância de siglas tradicionais, como o PSDB, e colocando em destaque novos grupos partidários, como o Podemos e o PSD.
Mesmo após uma eleição marcada pelo discurso de novas práticas políticas, 12 senadores já trocaram de partidos desde outubro do ano passado até este mês fevereiro, quando se iniciou a nova legislatura no Senado. O troca-troca acabou por mudar a dinâmica de forças nas bancadas da casa, diminuindo a importância de siglas tradicionais, como o PSDB, e colocando em destaque novos grupos partidários, como o Podemos e o PSD.
A forte renovação no Senado - das 54 cadeiras em disputa, 46 foram entregues a novos senadores - não evitou que uma parcela significativa desses parlamentares trouxesse à tona o já conhecido fisiologismo e protagonizasse "traições" ou acordos envolvendo 12 partidos. Entre os nomes, figuras tradicionais, como o ex-presidente Fernando Collor (AL), e estreantes, como Jorge Kajuru (GO) e Capitão Styvenson (RN).
As mudanças, inclusive, "expulsaram" cinco siglas do Senado - PTC, PRP, PHS, PTB e Solidariedade. Todas tinham ou saíram das urnas com, pelo menos, um senador, mas começaram o ano legislativo abandonadas por seus parlamentares. O caso mais simbólico entre os que saíram prejudicados é o do PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, conhecido pelo envolvimento no caso do mensalão.
O partido elegeu dois novos senadores em outubro e, como já tinha um em meio de mandato, terminou 2018 projetando uma bancada de três parlamentares, o que garantiu direito até a uma estrutura de liderança partidária. Nesses 90 dias, a sigla perdeu os três, sendo dois deles para o PSD, e deixou de sequer ter representação na casa. 
Na outra ponta está o PSD, de Gilberto Kassab. O ex-ministro articulou mesmo durante o recesso e conseguiu fazer seu partido saltar de sete senadores para 10 nesse mesmo período: trouxe Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP), ambos do PTB, além de Carlos Viana (MG), do PHS. Em compensação, a sigla perdeu o senador gaúcho Lasier Martins para o Podemos, convidado pelo senador Alvaro Dias. Ainda assim, o PSD ultrapassou o PSDB em tamanho e força.
A ofensiva de Kassab serviu para que o partido pudesse requisitar mais espaço no Senado, devido à regra da proporcionalidade, que dá direitos dos maiores partidos escolherem mais e melhores cargos. Nas negociações, a sigla conseguiu garantir a primeira-secretaria do Senado, além da presidência de uma das mais importantes comissões, a de Assuntos Econômicos (CAE).
O outro exemplo foi o Podemos, partido do senador Alvaro Dias (PR). A sigla trouxe, além de Lasier, os senadores Eduardo Girão (CE), que era do Pros, e Capitão Styvenson (RN), que veio da Rede. Com isso, a legenda subiu de cinco parlamentares, após as eleições, para oito nomes agora. O crescimento fez com que Alvaro Dias garantisse a indicação para a segunda vice-presidência do Senado, um dos cargos mais importantes da Mesa Diretora.
Houve quem atuasse para evitar uma "debandada". A articulação de Alvaro Dias representou um duro golpe para a Rede, que deixou de ter cinco senadores, como havia eleito em outubro, e passou a ter uma bancada com apenas três parlamentares no Senado.
 
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