PSL protocola propostas de CPIs para blindar governo

Deputados do PSL se organizaram ontem para serem os primeiros da nova legislatura a apresentar propostas para a abertura de comissões parlamentares de inquéritos (CPIs). A estratégia é fazer uma série de propostas e evitar que a oposição, principalmente o PT, monopolize essa ferramenta contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Com essa medida, as comissões de investigação da Câmara serão sobre temas que não são considerados negativos para o Palácio do Planalto. "É uma estratégia para deixar o PT de fora e não deixar eles ficarem enchendo a paciência do governo nos próximos anos. Serão sete CPIs", afirmou a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Dos oito deputados que aguardavam para protocolar os pedidos, na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, cinco eram do partido de Bolsonaro. Entre os assuntos que o grupo vai tentar estar investigar estão o Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT); a União Nacional do Estudantes (UNE), organização estudantil ligada a partidos como o PCdoB; a Comissão Nacional da Verdade, que investigou as violações cometidas por militares e agentes do Estado na ditadura, e o rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Os deputados também têm proposições sobre diversos assunto. Conhecida por militar pelos valores cristãos, Chris Tonietto guardava para apresentar requerimentos para a criação de datas comemorativas, como o Dia da Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio, e o Dia do Nascituro, celebrado pela Igreja Católica em 8 de outubro, em homenagem ao ser humano que já foi gerado e ainda irá nascer.