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governo federal

- Publicada em 27 de Janeiro de 2019 às 01:00

Presidente pretende despachar do hospital

Jair Bolsonaro deve ficar 10 dias na capital paulista em recuperação

Jair Bolsonaro deve ficar 10 dias na capital paulista em recuperação


/VALTER CAMPANATO/ABR /JC
O porta-voz do governo federal, general Otávio Santana do Rêgo Barros, disse neste domingo, em entrevista coletiva a jornalistas no hospital Albert Einstein, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está tranquilo para ser submetido à cirurgia que ocorrerá hoje pela manhã para reconstituição do intestino e retirada de bolsa de colostomia. "Ele está tranquilo, à espera do jogo do Palmeiras", brincou.
O porta-voz do governo federal, general Otávio Santana do Rêgo Barros, disse neste domingo, em entrevista coletiva a jornalistas no hospital Albert Einstein, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está tranquilo para ser submetido à cirurgia que ocorrerá hoje pela manhã para reconstituição do intestino e retirada de bolsa de colostomia. "Ele está tranquilo, à espera do jogo do Palmeiras", brincou.
A previsão é de que a cirurgia dure cerca de quatro horas e de que o presidente permaneça em torno de 10 dias na capital paulista em recuperação. O hospital montou uma ala especial para que o presidente possa fazer os despachos.
Especialistas afirmaram que, em casos como o do presidente, se a cirurgia é bem-sucedida, o paciente nem precisa passar pela UTI. Ele vai direto para o quarto e a alimentação é retomada aos poucos, para que a equipe médica avalie como o intestino responde. "Um ou dois dias após a cirurgia, o paciente recebe só dieta líquida, como água, chá e gelatina. Se o intestino responder bem, começa com alimentação pastosa posteriormente e, dias depois, com alimentos sólidos", afirma Fábio Guilherme de Campos, professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
A reintrodução alimentar tem de ser lenta também para que não haja aumento de pressão no intestino, o que poderia levar ao temido rompimento dos pontos internos. O paciente geralmente tem alta quando consegue evacuar normalmente, o que costuma acontecer seis dias após a cirurgia. "Esse é o sinal de que o trânsito intestinal voltou ao normal", diz Ricardo Cohen, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Médico de Bolsonaro, Antonio Macedo declarou que o presidente deverá permanecer no hospital cerca de uma semana. Após a alta, no entanto, pacientes que passam pela mesma cirurgia costumam ficar mais uma semana em casa, sem retomar atividades do dia a dia, como trabalhar e dirigir. "Ele até pode participar de reuniões com assessores, assinar documentos, mas sem muitos excessos", explica Campos.
Na opinião de médicos especialistas na área, o presidente deverá ser liberado para voltar a Brasília após 15 dias, mas só depois de três meses ele poderá retomar atividades físicas mais intensas, como fazer ginástica ou levantar peso.
O plano de Bolsonaro, mesmo internado, é retomar despachos e reuniões quando ainda estiver internado, dois dias após a cirurgia. A assessoria do Albert Einstein não detalhou como será a estrutura montada para o presidente no hospital, mas médicos do Einstein ouvidos pela reportagem afirmam que o Bolsonaro deverá ficar internado na ala mais nova do hospital, onde alguns dos quartos possuem uma antessala, com mesa, sofá e TV, ambiente onde reuniões poderiam ocorrer.
Preocupada com o vazamento de informações, a direção do Einstein avisou por e-mail a todo o seu corpo clínico, já na época da primeira internação, que estava monitorando quem acessava o prontuário de Bolsonaro. "Caso um médico que não fizesse parte da equipe tentasse acessar o documento sem justificativa, poderia sofrer punição por falta ética", contou um médico do Einstein, que não quis ser identificado. 
 

Vice-presidente, Mourão diz estar 'muito otimista' com restabelecimento do titular do Planalto

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse ontem estar confiante numa rápida recuperação do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Hoje, ele passará por procedimento cirúrgico para reconstituição do intestino e retirada de bolsa de colostomia, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. "O presidente vai voltar zerado", disse Mourão. "Estou muito otimista."
Na manhã deste domingo, Mourão deixou o Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência, para se exercitar. Foi quando conversou com a reportagem. Ao lado de um segurança, ele correu seis quilômetros em pistas próximas à Vila Planalto, núcleo de residências no entorno do Jaburu e do Palácio da Alvorada.
Dois carros da escolta do Palácio do Planalto acompanharam o treino do vice. Mourão, que nas últimas semanas fez o trajeto de bicicleta, disse que optou agora pela corrida de rua para impor um ritmo "puxado" à atividade física. "Força mais."
Ele assume hoje interinamente a presidência da República pela segunda vez. O vice já tinha ocupado o cargo na semana passada, durante viagem de Bolsonaro a Davos. Amanhã, Mourão chefiará uma reunião ministerial no Planalto onde discutirá principalmente sobre as ações do governo na área atingida pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais.
A previsão é que Bolsonaro reassuma o posto 48 horas depois da cirurgia, como orientou a equipe médica.