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Política

- Publicada em 20 de Janeiro de 2019 às 01:00

Lula pediu R$ 30 milhões para Delfim e Bumlai, diz Palocci

Palocci detalhou sua atuação no acerto de R$ 135 milhões em propinas em Belo Monte

Palocci detalhou sua atuação no acerto de R$ 135 milhões em propinas em Belo Monte


ANTONIO CRUZ/ABR /JC
O ex-ministro Antonio Palocci afirmou, em delação premiada, que Delfim Netto recebeu R$ 4 milhões de um acerto de R$ 15 milhões de propinas ao PT supostamente repassados pela Andrade Gutierrez. Delfim foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar, nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do "milagre econômico".
O ex-ministro Antonio Palocci afirmou, em delação premiada, que Delfim Netto recebeu R$ 4 milhões de um acerto de R$ 15 milhões de propinas ao PT supostamente repassados pela Andrade Gutierrez. Delfim foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar, nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do "milagre econômico".
Em 9 de março de 2018, Delfim foi alvo de buscas e apreensões no âmbito da Operação Buona Fortuna, 49ª fase da Lava Jato. Segundo os investigadores, já foram rastreados pagamentos em valores superiores a R$ 4 milhões de um total estimado em R$ 15 milhões.
Palocci detalhou sua atuação no acerto de R$ 135 milhões em propinas em Belo Monte - equivalente a 1% do contrato de R$ 13,5 bilhões. O valor foi dividido de forma igualitária, 50% cada, entre o PT e o MDB. E incriminou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, no esquema.
Palocci afirma que Lula "se envolveu diretamente" na corrupção em Belo Monte, exigindo que seu amigo José Carlos Bumlai e Delfim recebessem "milhões" no negócio, por terem formulado o consórcio vencedor do contrato. O ex-ministro disse que "Lula insistia que deveriam ser pagos em virtude da atuação de Delfim Neto e Bumlai na formação do consórcio vencedor e 'que Lula informou que Bumlai e Delfim Neto deveriam receber R$ 30 milhões pela formação do consórcio alternativo e que ainda não tinham sido pagos".
Para Palocci, a "presença de Bumlai significava que havia interesses também de Lula no recebimento dos valores". Palocci relata que R$ 15 milhões, metade do total, foram quitados ao PT e a Delfim, que teria ficado com R$ 4 milhões.
A defesa de Delfim diz que "os valores que (ele) recebeu foram honorários por consultoria prestada". Advogados de Dilma dizem que, "mais uma vez, o senhor Antônio Palocci mente em delação premiada, tentando criar uma cortina de fumaça porque não tem provas que comprometam a idoneidade e a honra da presidenta Dilma". A defesa de Lula informou que "todos os sigilos fiscais de Lula e sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares".
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