Ao prestigiar a posse do novo comando da Brigada Militar (BM), junto com o governador Eduardo Leite (PSDB), o secretário de Segurança e vice-governador, Delegado Ranolfo (PTB), disse que o Rio Grande do Sul deve receber um "presídio, efetivamente, de segurança máxima". No evento, o coronel Carlos Alberto Prado de Andrade e o coronel Marcus Vinicius Sousa Dutra assumiram o subcomando da BM e a chefia do Estado-Maior, respectivamente.
Depois da transmissão dos cargos, Ranolfo se pronunciou no salão nobre do quartel-general da Brigada Militar, que estava lotado com oficiais da corporação, políticos e representantes de outras instituições, como Ministério Público e Tribunal de Justiça Militar. Ele elogiou a Operação Pulso Firme, que, em junho de 2017, transferiu presos de alta periculosidade para unidades penitenciárias federais.
"Queremos continuar com o trabalho de isolamento dos líderes de facções. Mas não vamos tirá-los do Rio Grande do Sul. Está no nosso escopo a construção de uma penitenciária, efetivamente, de segurança máxima. Queremos construir, no Estado, uma casa com 120, 130 vagas, para que o Poder Judiciário possa aplicar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)", afirmou o vice-governador.
Ao se pronunciar, Eduardo Leite disse que um dos desafios da sua gestão será integrar a Brigada não só com outras forças de segurança, mas também com outras áreas, como assistência social, educação e saúde. "Com isso, queremos trabalhar na prevenção (à criminalidade), mas sem esquecer da repressão qualificada", ponderou.
O tucano projetou, ainda, melhorias na política de reabilitação dos detentos. Para isso, reiterou que serão necessários investimentos para recuperar as casas prisionais gaúchas. Leite também fez um lembrete aos policiais militares: "gostaria de saudar os brigadianos, que também são servidores públicos. Em um momento de ajuste fiscal no Estado, todos vão precisar fazer sacrifícios".