O procurador-geral de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, disse, ontem, não ter dúvidas de que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes está relacionado a grupos de milicianos. O assassinato completou, ontem, 10 meses e segue em investigação sigilosa na Polícia Civil e no próprio Ministério Público estadual.
O procurador-geral de Justiça explicou que o Ministério Público estadual e a Polícia Civil trabalham em duas linhas de investigação distintas no caso Marielle. Enquanto os promotores cruzam dados do caso com outros processos e organizações criminosas identificadas, a Polícia Civil se debruça sobre o crime de forma mais específica.
O governador Wilson Witzel (PSC) disse que não teve acesso ao processo, que está em segredo de Justiça, mas defendeu que uma resposta seja apresentada à sociedade rapidamente.
"Me parece que as duas têm que andar juntas. Se não for possível, aquela que estiver mais adiantada que dê a resposta para a sociedade. Se você tem uma investigação mais adiantada na polícia, que a polícia já apresente logo o resultado", disse ele, que o que se espera do direito penal é uma resposta rápida à sociedade: "É muito melhor apresentar muitas vezes um resultado parcial de uma investigação. O inquérito pode ser cindido e continuar a investigação em outros fatos".