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Política

- Publicada em 14 de Janeiro de 2019 às 14:44

'Agora sei que vou para a prisão', diz Battisti, ao desembarcar em Roma

Jornal italiano diz que Battisti também aparentou serenidade durante o voo da Bolívia até Roma

Jornal italiano diz que Battisti também aparentou serenidade durante o voo da Bolívia até Roma


ALBERTO PIZZOLI / AFP/JC
Agência Estado
Cesar Battisti desembarcou na Itália aparentando tranquilidade e como se não estivesse sendo levado para a prisão depois de 40 anos como fugitivo, de acordo com a imprensa do país. O jornal La Repubblica reproduziu as primeiras palavras de Battisti em solo italiano: "Agora sei que vou para a prisão". Ele foi preso no sábado (12), na Bolívia, e desembarcou em Roma nesta segunda-feira (14).
Cesar Battisti desembarcou na Itália aparentando tranquilidade e como se não estivesse sendo levado para a prisão depois de 40 anos como fugitivo, de acordo com a imprensa do país. O jornal La Repubblica reproduziu as primeiras palavras de Battisti em solo italiano: "Agora sei que vou para a prisão". Ele foi preso no sábado (12), na Bolívia, e desembarcou em Roma nesta segunda-feira (14).
De acordo com o jornal italiano, Battisti também aparentou serenidade durante o voo, "sem sinais de desespero apesar de esperar pela prisão perpétua". Falou sobre a vida e também sobre a fuga do Brasil para a Bolívia depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux suspendeu a liminar que impedia a prisão de Battisti no País. Battisti dormiu durante muito tempo no voo até a Itália.
O italiano ficará num presídio na periferia de Roma, com forte esquema de segurança, de acordo com o ministro da Justiça Alfonso Bonafede. O jornal Corriere della Sera informou que ele deverá ficar sozinho na cela, em uma área de segurança reservada para terroristas, e passará por seis meses de isolamento diurno.
Battisti deixou seu país depois de ser condenado por quatro assassinatos cometidos entre 1977 e 1979. Na Itália, foi primeiramente condenado por participação em bando armado e ocultação de armas a 12 anos e 10 meses de prisão em 1981. Mais de uma década depois, em 1993, teve a prisão perpétua decretada pela Justiça de Milão, em razão de quatro homicídios considerados hediondos contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro.
Após idas e vindas por França e México entre 1981 e 2004, chegou ao Brasil e foi preso em 2007. No último dia de seu segundo mandato, no entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu asilo político para o italiano e impediu sua extradição.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, telefonou a Jair Bolsonaro agradecendo ao presidente da República "por ter permitido concluir positivamente" a prisão de Cesare Battisti, que chegou a Roma na manhã desta segunda-feira, 14. As informações são da agência de notícias EFE.
"Reiterei o enorme agradecimento em nome dos 60 milhões de italianos por ter permitido concluir positivamente o caso Battisti", disse Salvini, em declaração enviada aos veículos de imprensa locais.
O ministro italiano disse também que, durante a conversa por telefone, ambos demonstraram vontade de se encontrar em breve na Itália ou no Brasil "para estreitar os vínculos entre nossos povos, nossos Governos e a nossa amizade pessoal".
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