A exoneração de todos os funcionários em cargos de confiança, anunciada pela Casa Civil com o objetivo de "despetizar" a máquina pública, não deve ser seguida por outras estruturas de governo. Na primeira reunião ministerial, na semana passada, três ministros disseram que não reproduziriam a medida. Eles salientaram que iriam, antes de qualquer demissão, analisar o quadro de servidores comissionados.
Ontem, o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, também afirmou que não seguirá o critério da Casa Civil. Segundo ele, a norma que será adotada na pasta é a da capacitação profissional.
"As exonerações são normais, mas não trabalho com esse sistema, não", disse. "O critério é de capacitação profissional. Eu acho que a pessoa que é ativista de um partido, como PT, é até obrigação moral dela se afastar", acrescentou.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, ressaltou, após tomar posse no cargo, que preservará funcionários da instituição financeira independentemente da filiação partidária. A medida da Casa Civil de demitir em um mesmo dia cerca de 320 funcionários comissionados é criticada até mesmo por integrantes da nova gestão.